São Leopoldo: cinco réus, acusados pelo MPRS, são condenados pela execução por engano de jovem dentro de hospital 

Cinco réus denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados pelo Tribunal do Júri nesta terça-feira, dia 12 de dezembro, no Foro de São Leopoldo. Eles foram responsabilizados pela execução por engano de um jovem dentro de hospital no município do Vale do Sinos há cinco anos. 

Dois deles receberam penas de 48 anos e 3 meses e 42 anos de prisão, cada um, por cinco crimes, sendo os mais graves homicídio e duas tentativas de homicídio. Outros dois réus foram condenados a 24 anos e 5 meses e 18 anos e 1 mês de reclusão, respectivamente, mas somente por homicídio, formação de quadrilha e receptação de veículo roubado. Um quinto condenado recebeu uma pena de 26 anos e 2 meses de prisão por homicídio e formação de quadrilha. Apesar de já estarem presos, a decisão é de cumprimento em regime fechado.

No dia 9 de novembro de 2018, eles mataram por engano Gabriel Minossi, 19 anos, dentro do Hospital Centenário, no município do Vale do Sinos. O grupo invadiu o local e executou a vítima, acreditando que se tratava de um desafeto por questões envolvendo tráfico de drogas. Gabriel estava em atendimento médico após um acidente de trânsito. Um outro paciente e sua acompanhante ficaram feridos durante os disparos.
 
O homicídio teve as seguintes qualificadoras: motivo torpe, por envolver desavença entre suspeitos de tráfico de drogas, e recurso que dificultou a defesa da vítima. Dois deles também foram condenados por duas tentativas de homicídio e, neste caso, a qualificadora também é recurso que dificultou a defesa das duas pessoas feridas. A acusação em plenário foi feita pelo promotor de Justiça Eduardo Lorenzi: “depois de passadas mais de 13 horas de julgamento, o MPRS saiu muito satisfeito com o resultado, entendendo que realizou um belo trabalho, enfrentou cinco defesas muito bem qualificadas e, quem saiu ganhando, foi a sociedade de São Leopoldo, com um resultado que era esperado por todos. São nesses momentos que nós valorizamos, todos os dias, poder desempenhar o papel de promover a justiça nos crimes dolosos contra a vida.”

Já o promotor de Justiça Fernando Andrade Alves, que também atuou na acusação pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) do MPRS, disse que o “sentimento é de dever cumprido do MPRS para com a comunidade de São Leopoldo, tão impactada pela tragédia vivida diretamente pela família do Gabriel, e, indiretamente, por todos nós”.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Júri do MPRS, Marcelo Tubino, acompanhou o trabalho dos promotores em plenário.

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