Ex-ajudante de Bolsonaro fecha acordo de delação premiada com a Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) aceitou nesta quinta-feira (7) um acordo de delação premiada com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid. O acordo está pendente de aprovação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e requer a consideração do Ministério Público Federal (MPF) quanto às suas condições.
Cid prestou depoimentos às autoridades nos últimos 20 dias. As revelações contidas na delação ainda não foram divulgadas, mas ele é alvo de investigações em diversos casos, incluindo a tentativa de introduzir joias presenteadas pelo governo Bolsonaro pela Arábia Saudita de forma irregular no país e a comercialização ilegal de presentes oferecidos a Bolsonaro por delegações estrangeiras em viagens oficiais.
Cid também é associado a um possível envolvimento em supostas fraudes relacionadas às carteiras de vacinação de Bolsonaro e sua filha de 12 anos, assim como tratativas ligadas à tentativa de invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por parte do hacker Walter Delgatti Neto, com o objetivo de minar a confiança no sistema judiciário brasileiro. Além disso, há alegações de sua participação em discussões sobre um potencial golpe de estado.
Em 28 de agosto, Mauro Cid passou mais de 10 horas prestando depoimento na sede da PF em Brasília, no contexto das investigações sobre a invasão do sistema do CNJ por Walter Delgatti Neto. Nessa ocasião, já estavam em andamento as negociações para a formalização do acordo de delação premiada que agora aguarda as próximas etapas de aprovação.