Polícia Civil aponta que morte de tenente da BM e funcionário da Corsan teve motivação passional no Sul do RS

A Polícia Civil (PC) confirmou a teoria inicial de homicídio seguido de suicídio ao concluir a investigação do caso de um policial militar e de um servidor público estadual que foram encontrados mortos próximo à praia do Mar Grosso em São José do Norte, no Sul do Rio Grande do Sul, no dia 14 de novembro deste ano.

O inquérito policial apontou que o tenente da Brigada Militar (BM) Jackson de Lima Martins, de 40 anos, atraiu para o local o funcionário da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) Christian Jorge da Cunha Porto, de 46, para matá-lo. Após cometer o crime, o militar tirou a própria vida. A motivação, segundo a polícia, seria passional.

A investigação foi comandada pelo delegado Francisco Leitão Helena. Conforme a autoridade policial, Martins estava em processo de separação da esposa há algumas semanas e resolvendo a situação da guarda dos dois filhos e partilha de patrimônio com a mulher. O casal esteve junto por cerca de 10 anos. Todos os trâmites ocorriam de forma amigável, segundo a polícia.

Nesse meio tempo, o PM descobriu que o servidor público estaria conhecendo a ex-companheira. Ele, então, aproveitou um momento de distração da ex e utilizou o celular dela para chamar Porto até o local do crime, conhecido como Beco dos Bastos, região afastada da praia.

Para a investigação, o militar premeditou toda a ação. O servidor público foi alvejado com três disparos de arma de fogo – dois no peito e um na cabeça. Já o tenente tinha marca de tiro na cabeça. Os dois foram achados perto de seus carros. Christian não estava em horário de serviço. Ele possuía antecedente criminal por lesão corporal culposa. Martins também não estava trabalhando. A polícia afirma que os dois homens não tinham nenhuma relação nem desavenças antes do fato.

A arma do crime, que era do tenente, assim como os veículos e os celulares dos dois passaram por perícia para esclarecer a dinâmica do ocorrido. Os investigadores colheram o depoimento da ex-companheira do militar, que afirmou jamais imaginar que aconteceria um episódio assim. Não havia registros de violência doméstica contra Martins na DP.

A BM também instaurou um inquérito policial militar para apurar a conduta do tenente. O conteúdo do processo não foi divulgado. Já o inquérito da PC foi remetido ao Ministério Público (MP) no dia 15 de dezembro e deve ser arquivado quando retornar à Justiça.

Informações Blog do Juares.

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