Mulheres compõem 70% da força de trabalho na Prefeitura de Caxias do Sul

O Dia Internacional da Mulher retoma a reflexão em torno da igualdade de gênero. Esse conceito perpassa as relações sociais, familiares, de trabalho e tantos outros ambientes e relacionamentos. Busca a isonomia de direitos e deveres, ao mesmo tempo que aborda comportamentos e atitudes desenvolvendo a consciência coletiva nos diversos aspectos.

Cerca de 70% das pessoas que trabalham na Administração Direta do Município de Caxias do Sul são mulheres. Na Secretaria da Educação (Smed), a maioria dos servidores são do sexo feminino, 86%. Mesmo fazendo um cálculo de servidores sem a Smed, elas seguem em maior número, 53%. Segundo levantamento da Secretaria de Recursos Humanos e Logística (SMRHL), esses percentuais se mantém equilibrados nos últimos cinco anos.

A atuação no serviço público garante as mesmas oportunidades, visto que o ingresso é por concurso e a remuneração por cargos e funções. A Guarda Municipal Cleonice de Fátima Andrade, servidora municipal desde 2004, afirma que é um dia para celebrar e reconhecer as melhorias conquistadas.

“Como mulher, atuar na segurança pública é um desafio, mas também um direito, pois podemos agir no confronto de segurança pública. Para isso, precisamos ser protagonistas mostrando que não somos um ser tão frágil como muitos pensam. Devemos ser rígidas sem faltar com o respeito. A dedicação nos oportunizou conquistar espaços de destaque e honra”, garante a servidora.

Servidoras no serviço que acolhe mulheres em situação de violência

O serviço público de Caxias do Sul é um espaço de conquistas e de apoio. O Centro de Referência da Mulher (CRM), integrante da Secretaria de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS), faz parte da rede de proteção à mulher do município. Além do acolhimento e da escuta qualificada, o CRM também busca a inclusão da mulher no mercado de trabalho com encaminhamento para cursos e emprego. A iniciativa ocorre por meio da parceria firmado com a Coordenadoria da Mulher, as empresas e o SINE.

A Assistente Social Ilva Ina Santos da Cunha atua no CRM, onde dedica seus conhecimentos profissionais para apoiar as mulheres que precisam dessa ajuda. “Trabalhar com mulheres Vítima de Violência Doméstica é viver um pouco a dor de cada uma que atendemos. Mas, também é poder mostrar que ela não precisa passar por tudo isso sozinha. É falar sobre seus direitos, orientar sobre a Rede de Proteção do Município. Empoderá-la para que possa sair do ciclo de violência e dependência, seja ela emocional ou econômica. Independente de quantas vezes busque o serviço, devemos acolher com carinho, valorizando sua dor, seu sofrimento, sem julgar porque ainda se mantém na relação. É preciso ter empatia e tentar entender os motivos que fazem com que a mulher ainda não conseguiu romper. Não é tarefa fácil”, explica Ilva.

Ela destaca que um dos maiores avanços foi a criação da Lei Maria da Penha, as Delegacias Especializadas de Atendimento a Mulher, o Juizado da Violência Doméstica. Além disso, o trabalho em Rede é outro fator importante, uma vez que, todos os serviços têm um olhar pra essa mulher e devem notificar caso identifiquem situação de violência. As casas de acolhimento, para as mulheres e seus filhos fiquem em segurança são outro avanço importante para que essa mulher possa tomar suas decisões.

Ilva enfatiza que no dia a dia de trabalho o maior desafio é criar políticas públicas para a prevenção da violência. “Se faz necessário e urgente um olhar para o agressor para que não volte a praticar agressões. Na saúde busca-se ações específicas para saúde mental da vítima de violência. Às vezes, o que a mantém em um relacionamento abusivo é a dependência emocional. A mulher em situação de violência precisa de acompanhamento psicológico a fim de trabalhar as questões que a fazem se sentir impotente para sair da relação abusiva”, explica a assistente social.

A servidora lembra a importância do respeito desde os primeiros anos de vida. “Precisamos de meninos e meninas com uma educação não sexista, que busque promover a igualdade de gênero a fim de construirmos uma sociedade mais justa e igualitária. É necessário criar meninos que não sejam machistas e meninas conhecedoras de seus direitos”, enfatiza a servidora.

O Centro de Referência da Mulher fica na Rua Alfredo Chaves, 1.333 – 3º andar do Centro Administrativo, Bairro: Exposição

Fones: 3218-6112 ou 98403-4144 (Whatapp)

Atendimento de segunda a sexta feira, das 8h às 17h, sem fechar ao meio dia.

Informações e foto Prefeitura de Caxias do Sul.

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