André Tavares vota para deixar Bolsonaro inelegível; placar está 3 a 1 pela condenação
Nesta quinta-feira (29), o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), André Ramos Tavares, proferiu seu voto em apoio à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por um período de oito anos.
O magistrado seguiu o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, e concordou que Bolsonaro deveria ser condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores, na qual ele criticou o sistema eleitoral.
Tavares também acompanhou o relator na absolvição de Walter Braga Netto, então candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.
Com o voto de Tavares, a contagem agora é de 3 a 1, em favor da condenação do ex-presidente e sua inelegibilidade. Votaram a favor da condenação Benedito Gonçalves, Floriano de Azevedo e, agora, André Tavares.
Até o momento, o ministro Raul Araújo é o único a discordar, votando contra a condenação de Bolsonaro.
O TSE retomou a análise da ação nesta quinta-feira. O relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, havia proferido seu voto na terça-feira (27).
Ainda estão pendentes os votos dos ministros Cármen Lúcia, Nunes Marques e, por último, Alexandre de Moraes.
A ação foi movida pelo PDT e contesta uma reunião realizada por Bolsonaro com embaixadores em julho de 2022, no Palácio da Alvorada. Durante o encontro, o então presidente fez críticas ao sistema eleitoral. A reunião foi transmitida pela TV Brasil e pelas redes sociais de Bolsonaro.