Vem muita chuva até o começo da próxima semana

A previsão é de muita chuva em diversas áreas do Sul do Brasil até o começo da próxima semana com uma sequência de dias de instabilidade na região. Os dados indicam instabilidade para o Sul do país ao menos até a próxima terça-feira com acumulados de precipitação que vão passar dos 100 mm em alguns municípios, logo precipitando quase a média do mês inteiro de julho em algumas localidades, as informações são da Metsul.

A chuva já teve início nas últimas horas à medida que uma frente quente começou se formar no Sul do Brasil pelo avanço de ar mais quente de Norte que encontrou a massa de ar frio na região que trouxe ontem marcas abaixo de zero no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.  A chuva veio com raios em diversas localidades e houve relatos de granizo isolado.

Os acumulados de chuva até o final da manhã desta quinta-feira no Rio Grande do Sul atingiam 61 mm em Ivorá, 60 mm em Júlio de Castilhos, 46 mm em Tupanciretã e Victor Graeff e 45 mm em Arroio do Tigre. Santa Maria acumulava 40 mm. Em Porto Alegre, até o fim da manhã, a chuva somava 14 mm em alguns bairros.

A instabilidade no momento inicial é efeito da frente quente que atua tanto hoje como amanhã no Rio Grande do Sul e mais no Leste de Santa Catarina. No sábado, uma vez que ar mais frio de Sul vai passar a mover a instabilidade, a frente passará a ser fria. Então, impulsionada pelo ar frio, a frente se deslocará para Norte e alcançará mais Santa Catarina e o Paraná. Entre segunda e terça, o sistema deve ficar quase estacionário entre os dois estados com chuva em vários municípios e mantendo a instabilidade mais ao Norte gaúcho.

A chuva, assim, neste primeiro momento, entre hoje e sábado, tende a ter os maiores volumes no Rio Grande do Sul, tanto pela frente quente como pela posterior frente fria. Por sua vez, no segundo momento, quando a frente fria avançar, os maiores acumulados de chuva de domingo a terça-feira tendem a se concentrar sobre os estados de Santa Catarina e do Paraná.

FRENTE QUENTE, FENÔMENO COMUM NO INVERNO

Frentes quentes são comuns durante o inverno no Rio Grande do Sul. Junho, em regra, é o mês com maior incidência do fenômeno, mas neste ano tem sido julho. Por que não ouvimos falar de frente quente no verão e sim no inverno? Porque a dinâmica que gera a sua formação é o avanço de ar quente a partir do Norte sobre uma massa de ar frio.

Como no verão o predomínio é de ar quente não há avanço de ar quente sobre ar frio porque as massas de ar que atuam sobre o território gaúcho são de temperatura alta. É um erro pensar que frente quente significa calor. O sul gaúcho, por exemplo, estará sob a frente quente que traz chuva e temporais, mas a temperatura não será alta. O ar quente estará ao Norte do sistema frontal e o ar frio ao Sul.

Assim, na região onde atua a frente com chuva a temperatura não é alta, mas a mera elevação das marcas nos termômetros com alta umidade traz a condição de paredes, pisos e superfícies molhados pela condensação após período frio. O forte aquecimento, quando de uma frente quente, ocorre nas regiões ao Norte da frente com tempo aberto e sol, o que será o caso mais de Santa Catarina e do Paraná. Na maior parte do Rio Grande do Sul, exceção de área mais ao Noroeste e ao Norte, embora a temperatura se eleve, não há expectativa de calor.

VEJA AS PROJEÇÕES DE VOLUMES DE CHUVA

Vários dias seguidos de instabilidade devem trazer altos volumes de chuva para parte do Sul do Brasil. Os maiores acumulados de precipitação serão registrados até o final da semana no Rio Grande do Sul, onde será maior a influência da frente quente entre hoje e amanhã. Um grande número de municípios gaúchos terá ao menos 50 mm até o domingo com marcas até perto ou acima de 100 mm em diferentes locais, logo próximos da média de precipitação do mês inteiro de julho.

No Paraná e em Santa Catarina, os volumes de chuva não devem ser tão expressivos quanto no Rio Grande do Sul na maioria das localidades. Os mais altos acumulados no período devem se dar no Oeste e o Meio-Oeste catarinense, e no Sudoeste do Paraná, principalmente durante a atuação da frente fria no começo da próxima semana.

RISCO DE TEMPORAIS

As frente quente e fria previstas para o Sul do Brasil até o final da semana podem trazer risco de temporais isolados, mas não antecipamos condições para temporais generalizados. O risco maior em frentes quentes é o de queda de granizo, condição que é agravada no território gaúcho e no Uruguai nesta sexta pelo avanço de ar mais quente de Norte. No avanço da frente fria pelo Sul do Brasil no fim de semana, podem ocorrer temporais localizados com rajadas de vento forte.

PREVISÃO DO TEMPO DIA A DIA

Amanhã, a frente quente segue atuando no Rio Grande do Sul e traz chuva para todas as áreas do Estado com períodos de melhoria, aberturas de sol e abafamento em parte do território gaúcho, notadamente na Metade Norte. Oeste, Centro e principalmente o Sul gaúcho serão as áreas com maior risco de chuva e temporais isolados, esperando-se aumento do risco de granizo nesta sexta-feira com o maior aporte de ar quente de Norte e aumento das taxas de instabilidade por corrente de jato em baixos níveis da atmosfera.

No sábado, a frente passa de quente para fria à medida que passa ser deslocada não mais por ar tropical e sim ar polar avançando de Sul. Por isso, todo o Rio Grande do Sul deve ter tempo instável no sábado com chuva que será moderada a forte em diferentes pontos e ainda com possibilidade de temporais localizados, desta vez com maior risco de vento forte isolado (vendavais).

Já no domingo, o dia começa com muitas nuvens e chance ainda de chuva e garoa nas Metades Norte e Leste do Rio Grande do Sul enquanto no Oeste o tempo estará firme e seco desde cedo. No decorrer do domingo, com o avanço de uma massa de ar seco e frio, o tempo abre na maior parte do território gaúcho com sol e nuvens. Com a massa de ar frio, a temperatura tem queda acentuada e o dia começa e termina com frio.

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