Beneficiários do auxílio emergencial doaram mais de R$ 54 milhões a candidatos no primeiro turno

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) identificou quase 64 mil beneficiários do auxílio emergencial entre os doadores de campanhas no primeiro turno das eleições municipais no País.

Ao todo, esses doadores foram responsáveis por repasses que somam mais de R$ 54,5 milhões. O levantamento foi concluído na segunda-feira (23) pelo Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral.

As informações fazem parte do cruzamento de um banco de dados de seis órgãos federais, como Receita Federal, Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e Ministério Público Eleitoral.

Na quinta fase da análise de dados, os técnicos conseguiram inserir no sistema a lista dos beneficiados com os pagamentos do auxílio emergencial, além dos que recebem o Bolsa Família.

Segundo os técnicos, a análise do auxílio emergencial impactou significativamente no total de doações e pagamentos com suspeitas de irregularidades. Agora, são investigados cerca de R$ 589 milhões.

A análise identificou 31.725 fornecedores de campanha cujo quadro societário inclui beneficiários do programa Bolsa Família ou do auxílio emergencial. Segundo as prestações de contas, essas empresas foram contratadas para prestar serviços às campanhas e, juntas, receberam um total de R$ 386 milhões.

Na etapa anterior da verificação, em 16 de novembro, os dados só levavam em conta o Bolsa Família. Essa checagem já tinha encontrado 1.289 fornecedores com beneficiários do programa social entre os sócios e que tinham recebido um total de R$ 940 mil.

Foram identificados ainda: 7.985 empresas criadas recentemente e com sócio filiado a partido político que receberam um total de R$ 68,7 milhões; 12.437 doadores sem emprego formal que repassaram um total de R$ 44,2 milhões; 2.751 doadores com renda incompatível com doações que somam R$ 23,7 milhões; 5.603 prestadores de serviço que têm parentesco com a candidatos e que receberam um total de R$ 7,3 milhões; 1.949 fornecedores sem registro na junta comercial ou na Receita que receberam R$ 3,3 milhões; 24 doadores aparecem no Sistema de Controle de Óbitos e como responsáveis por doações de R$ 36 mil.

Essas informações serão analisadas pelos juízes eleitorais, que podem determinar novas investigações e usar o material para julgar as contas. O Ministério Público Eleitoral também vai apurar os casos. Se forem confirmadas as irregularidades, os candidatos eleitos podem ter seus mandatos questionados na Justiça.

Com informações do Portal O Sul.

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