Júri de skinheads: dois réus condenados e declarada prescrição para o terceiro

Após dois dias de julgamento, o Tribunal do Júri julgou culpados os réus Daniel Sperck e Leandro Jachetti. Eles foram condenados a 14 anos de reclusão e poderão recorrer em liberdade.

No caso de Marcelo Moraes Cecílio, houve desclassificação do crime, que passou a ser o de lesão corporal leve. Como já prescreveu, a juíza deu por extinta a punibilidade.

A Juíza de Direito Cristiane Busatto Zardo, da 2ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre, proferiu a sentença após a meia-noite desta sexta-feira.

O julgamento

Ontem (21/3), no primeiro dia de julgamento, foram ouvidas duas das vítimas, e mais três testemunhas de acusação e três de defesa, além do réu Marcelo Moraes Cecílio.

Nesta sexta-feira, foi a vez de falarem os outros dois réus, além dos debates entre defesa e acusação.

Atuaram pelo Ministério Público os Promotores Lúcia Helena Callegari e Luiz Eduardo do Oliveira Azevedo e, como assistentes de acusação, João Batista Costa Saraiva e Helena Erick Sant’Anna.

Como defensores dos réus, Jacques Xavier Nunes (por Leandro e Daniel) e Rodrigo Rosa de Lima (por Marcelo).

O caso

Segundo a denúncia do Ministério Público, na madrugada do dia 8/5/2005 Rodrigo Fontella Matheus, Edson Nieves Santanna Júnior e Alan Floyd Gipsztejn caminhavam pela esquina das ruas Lima e Silva e República, Bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, quando foram atacados por um grupo de skinheads, de ideologia neonazista. As vítimas usavam quipás (pequeno chapéu em forma de circunferência, usado pelos judeus). O grupo de agressores estava dentro do bar Pinguim quando avistou os rapazes em frente ao estabelecimento. Rodrigo Fontella Matheus foi golpeado com arma branca, socos e pontapés. O crime só não se consumou pois a vítima contou com a intervenção de terceiros que estavam no local, bem como com pronto atendimento médico. Edson Nieves Santanna Júnior também foi atacado pelo grupo – mediante golpes de arma branca, mas conseguiu escapar e buscar abrigo dentro do bar Pinguim.  Por último, Alan Floyd Gipsztejn foi atacado, mas também conseguiu fugir para o interior de um bar.

Processo 001/2.11.0099744-8   (Porto Alegre).

Informações TJ RS.

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