Morre Quinho do Salgueiro, uma das maiores vozes do carnaval carioca, aos 66 anos

Nesta quarta-feira (3), o mundo do samba perdeu uma de suas vozes mais icônicas com o falecimento de Melquisedeque Marins Marques, conhecido como “Quinho do Salgueiro”, aos 66 anos. Quinho, intérprete e poeta, foi uma figura emblemática do carnaval carioca, deixando um legado marcado por sua paixão pela música e pelo desfile das escolas de samba.

O artista estava internado no Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador, e sua morte foi atribuída a complicações relacionadas à insuficiência respiratória. Desde 2022, Quinho enfrentava uma batalha contra o câncer de próstata, afastando-se das atividades carnavalescas.

Mesmo longe dos holofotes, o nome de Quinho permaneceu vivo no último desfile do Salgueiro, que prestou homenagem ao intérprete dedicando o carro de som ao lendário “Quinho do Salgueiro”. O cantor, além de sua voz marcante, era reconhecido por sua habilidade em traduzir em notas a essência das apresentações da escola.

No auge de sua carreira, em 1993, Quinho comandou o coro de 60 mil vozes na Sapucaí, entoando o samba-enredo “Peguei um ita no Norte”, do Salgueiro, conhecido pelo verso memorável “Explode coração, na maior felicidade”. Esse momento foi um marco na história do carnaval carioca e solidificou a reputação de Quinho como um dos grandes intérpretes do gênero.

A trajetória de Quinho no mundo do samba inclui passagens por diversas escolas do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, mas foi no Salgueiro que ele encontrou sua ligação mais forte. Em 2009, interpretando “Tambor”, contribuiu para a conquista do nono e último título da escola.

Apesar de enfrentar divergências com a diretoria e uma tentativa frustrada de candidatura à presidência da agremiação, Quinho retornou ao Salgueiro em 2019. Nesse período, dividiu o carro de som com Emerson Dias, renovando sua participação e contribuição para o universo do samba.

O legado de Quinho do Salgueiro permanecerá vivo na memória dos amantes do carnaval e da música brasileira, sendo lembrado como um verdadeiro poeta que, através de sua voz única, enriqueceu as tradições e a magia das festividades carnavalescas.

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