Emergências climáticas serão tema de seminário regional

As emergências climáticas que vêm assolando o Rio Grande do Sul serão tema de um seminário regional, cuja data ainda será definida. O objetivo é indicar medidas para prevenir e enfrentar os efeitos dos desastres naturais cada vez mais frequentes no Estado. O evento reunirá setor público, academia, entidades privadas e especialistas no tema.

A iniciativa foi divulgada nesta quarta-feira (27/9) pelo vice-presidente e diretor de Operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Ranolfo Vieira Júnior. A previsão é de que o encontro ocorra em novembro. “O empresariado e o povo gaúcho como um todo têm demonstrado uma enorme resiliência diante do que está ocorrendo, mas os impactos dos desastres naturais são enormes na economia e na vida das pessoas”, salientou Ranolfo durante painel no evento Tá na Mesa, organizado pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul).

A proposta da realização do seminário já foi apresentada ao governador Eduardo Leite. O governo, além de assumir a liderança em termos de organização do evento, entende que o seminário pode ganhar perenidade, assegurando novas etapas no debate sobre o tema.

Eixos

Conforme o vice-presidente do BRDE, o projeto inicial é estruturar os debates em torno de eixos temáticos que contemplem desde as primeiras ações de defesa civil e a reconstrução emergencial dos serviços públicos, a adoção de novas tecnologias de monitoramento e alertas e para orientação do comportamento social diante das situações de emergência, assim como definir medidas para a retomada da atividade econômica e as fontes de financiamento.

“Vamos trazer a experiência da prefeitura de Blumenau no enfrentamento da grande enchente de 2015, que serviu de referência para um modelo adotado em Santa Catarina, onde as ferramentas tecnológicas hoje fazem parte da vida do cidadão”, observou Ranolfo. O presidente do BRDE, João Paulo Klienübing, era prefeito de Blumenau na ocasião e será um dos convidados do seminário.

Desenvolvimento do RS

A tragédia climática registrada no Estado no início do mês, que atingiu principalmente os municípios do Vale do Taquari, ganhou destaque durante o painel organizado pela Federasul e que reuniu os dirigentes dos três bancos públicos vinculados ao governo do RS no Tá na Mesa. O evento ocorreu no Palácio do Comércio.

Na oportunidade, Ranolfo lembrou que o BRDE, já nas primeiras horas após o desastre, adotou a suspensão por até um ano no pagamento dos financiamentos de empresas e produtores rurais na área sob calamidade pública, o que contempla mais de 1.600 clientes. “Agora estamos no aguardo de como o BNDES irá operacionalizar o valor de R$ 1 bilhão que foi anunciado como uma linha emergencial. É importante que esse recurso chegue lá na ponta e o BRDE tem condições de ajudar”, enfatizou.

Durante sua fala, o vice-presidente destacou a missão do BRDE de atuar de maneira aliada às políticas de desenvolvimento definidas nos Estados onde o banco atua, o que se reflete no apoio aos principais setores da economia gaúcha. “Desde 2019, o BRDE já soma R$ 7,6 bilhões em novos investimentos no Estado, e queremos fechar esse ciclo até 2026 com a marca de R$ 12 bilhões em novos financiamentos”, projetou.

Na visão do vice-presidente, as áreas estratégicas para o fortalecimento da economia estão vinculadas com maior força à cadeia do agro, através de investimentos em armazenagem, irrigação, cooperativas e agroindústrias, inovação, turismos e sustentabilidade (em especial, na geração de energias limpas). Ele mencionou também o trabalho que o BRDE vem liderando na execução do projeto Visão Regional 2040. A partir de uma demanda do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), trata-se diagnóstico regional, identificando as agendas que cada governo deve promover para melhorar a qualidade de vida e potencializar o desenvolvimento da região Sul do país.

O Tá na Mesa contou também com a participação do presidente do Banrisul, Fernando Lemos, e do diretor-presidente do Badesul, Claudio Gastal. O painel foi coordenador pelo presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa.

Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul

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