Dia do Administrador: o papel do profissional no mundo do trabalho

A professora e doutora em administração, Manoella Treis, fala sobre a data

No dia 09 de setembro, celebramos o Dia do Administrador, data que destaca a importância fundamental dos profissionais da área na gestão de organizações em todos os setores da economia. Para entender melhor o papel desse profissional multifacetado, a reportagem da Studio conversou com a professora de Administração do IFRS – Campus Veranópolis, doutora em políticas públicas, Manoella Treis. Confira:

Com o que um administrador trabalha, em quais áreas?

Manoella: O administrador define estratégias, efetua diagnósticos de situações, dimensiona recursos, planeja sua aplicação, resolve problemas, gera inovação e competitividade, assim como, tem o papel de planejar, direcionar, conduzir e controlar processos. Ele pode atuar em setores específicos dentro de organizações como RH, financeiro, marketing, produção e logística, controladoria, vendas, projetos, inovação, comércio exterior, captação de recursos, gestão de crises, entre outros. Além disso, pode atuar em organizações privadas, desde pequenas empresas até multinacionais e startups. Bem como, no governo e no terceiro setor como ONGs.

Qual a importância da profissão no mercado?

Manoella: A importância do administrador é de proporcionar a gestão embasada por meio de habilidades técnicas, humanas e conceituais. Assim como, utiliza de conhecimentos, perspectivas e atitudes que são desenvolvidas ao longo da prática da profissão para conquistar e proporcionar o sucesso e a competitividade das organizações. O administrador tende a ter uma visão sistêmica da organização e está preparado para solucionar qualquer problema independente da complexidade.

Quais são os principais desafios enfrentados e as principais competências que um administrador deve possuir hoje em dia?

Manoella: Os desafios atuais são variados, depende da organização, mas vamos falar como um todo. Diversidade de gerações no mercado de trabalho, fazer a gestão de perfis diferentes e tecnologicamente diferentes. Excesso de informação como um todo na sociedade. Em alguns casos, a aderência a tendências como diversidade e inclusão, inovação, saúde mental, e até o uso de políticas e legislação como LGPD por parte de algumas empresas. E o desafio clássico de constante mudança, pois cada vez mais a mudança e a inovação são necessárias para sobrevivência e competitividade do mercado, mas para além de um discurso, aplicar na prática.

As competências são: ter um propósito alinhado, resolver problemas, ser uma pessoa em prol de causas e aceitar diversidades, buscar inovação constantemente, ser resolutivo e proativo, visão sistêmica, poder de conexões e redes.

Pessoalmente, como tu escolheu a Administração? Podes compartilhar um pouco da tua trajetória acadêmica e profissional?

A escolha da administração, ela foi entre eu e meu pai, meu pai é empresário, eu fazia jornalismo, fui até a metade do curso, não consegui me encontrar e ele conversou comigo que seria bem importante ir para uma área de gestão e etc. E eu acabei indo para a área da administração, gostei bastante, na primeira semana do curso eu já super me identifiquei, porque era algo mais processual, era algo mais metodológico, tinha um início, um meio, um fim e tinha diversas questões que eu podia expor à criatividade, como na área de projetos, na área de inovação, empreendedorismo e que foi a área que eu optei por seguir, tanto na minha especialização e, posteriormente, eu fui para a área de políticas públicas, que é a administração pública, olhar um pouco de como que as políticas eram conduzidas e como elas eram formuladas, porque isso faz parte da administração, só que é num âmbito público. Então, na minha trajetória, eu olhei para o público durante o mestrado e doutorado e, durante a graduação e o MBA, eu foquei um pouco mais nessa parte do privado. Então, eu sempre olhei para os dois caminhos, tanto que eu sempre tive atuações em relação a projetos e questões de inovação, desde startups, a gestão de projetos de terceiro setor e até questões empresariais, como gestão de projetos na área de tecnologia e questões acadêmicas, de gestão de projetos acadêmicos também, quando eu estava em instituições, em questões acadêmicas.

Então, sempre foi algo bem presente na minha vida, algo que eu gosto e tenho muito orgulho, que realmente eu sei que faz a diferença naquilo que tu está conduzindo, porque tu quer proporcionar algo muito bom para as pessoas que tu está gerando uma entrega.

O que te fez escolher a docência? Como encaras o desafio de formar novos profissionais?

A escolha da docência, ela foi feita desde o início da minha graduação, eu sabia que eu queria ser docente, eu queria ir para a área de pesquisa, eu queria poder impactar as pessoas, independente da profissão que eu escolhesse, eu queria seguir aquela trajetória. E, bom, seguir a trajetória dentro da área de administração e formar futuros administradores é algo bem importante, porque eu estou entregando para a sociedade pessoas que vão conduzir, desde a sociedade em questões de âmbito público, a questões empresariais que vão gerar todo o processo econômico que a gente tem na nossa sociedade. Então, querendo ou não, é uma responsabilidade de você estar formando as pessoas que vão dar a condução de uma maneira sistêmica a tudo aquilo que envolve a sociedade. Porque, como a gente sabe, a administração começou desde os princípios da sociedade, ela começou pela questão do próprio governo, né?

Então, posteriormente, a gente foi tendo a questão empresarial e etc., questões de agricultura, que também envolvem a questão da administração. Então, é uma responsabilidade muito grande de formar esses profissionais para que eles sejam competitivos, para que eles resolvam problemas, que é uma das principais questões que a gente tem hoje, porque todos os dias aparecem adversidades e questões diferentes dentro de uma organização que precisam ser resolvidas. E tornar que eles tenham esse olhar mais sistêmico para o todo da organização e para além da organização, que envolve na tomada de decisão do dia a dia deles. Então, não é uma tarefa muito simples, não é uma tarefa muito fácil, porque é uma série de conceitos, uma série de questões que você precisa estar desenvolvendo constantemente e não é só na teoria, tem muita prática.

Então, todo o desafio de pensar questões teóricas e práticas alinhadas para formar o melhor profissional possível para ser colocado no mercado.

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