Polícia prende diarista de Caxias do Sul acusada de aplicar golpes em mais de 30 pessoas

A Polícia Civil de Caxias do Sul efetuou a prisão preventiva de uma mulher de 46 anos, que atuava como empregada doméstica e cozinheira em um CTG (Centro de Tradições Gaúchas), sob acusação de praticar estelionato contra idosos. A prisão ocorreu após as investigações conduzidas pela 3ª Delegacia de Polícia Civil apontarem que a suspeita enganava suas vítimas utilizando o golpe do falso “reajuste das aposentadorias” e “ação judicial para devolução do seguro prestamista”.

A identidade da mulher não foi divulgada pela polícia, mas de acordo com as informações, mais de 30 vítimas foram lesadas por suas ações fraudulentas. Segundo as investigações, ela se aproximava dos idosos com a desculpa de revisar os valores de suas aposentadorias e seguros prestamistas. Em um dos casos, a suspeita tirou fotos das vítimas para obter empréstimos financeiros à distância, mantendo o dinheiro para si sem o conhecimento das vítimas.

Em outras situações, a mulher acompanhava os idosos a estabelecimentos comerciais, chegando a ser reconhecida nas lojas devido ao grande número de idosos que a acompanhavam. Nessas ocasiões, ela também enganava pessoas próximas, inclusive amigos de infância. Aproveitando-se da intimidade, convencia-os a realizar empréstimos para ajudá-los a pagar contas, mas não quitava as dívidas, apropriando-se de todo o dinheiro.

Em outros casos, as vítimas realizavam empréstimos e repassavam o dinheiro para a mulher, que prometia pagar as parcelas, mas não o fazia. Ela afirmava trabalhar como captadora de clientes para uma seguradora, sugerindo que os empréstimos feitos seriam repassados a ela. A promessa era de que mais de R$ 1 mil seriam repassados a cada empréstimo realizado.

Nas situações mais graves, com a ajuda de uma funcionária do banco, a estelionatária convencia os idosos a realizar a prova de vida para continuar recebendo benefícios do INSS. Durante a visita ao banco, a funcionária tirava fotos dos clientes, que seriam utilizadas como “prova de vida”. Na verdade, os benefícios eram transferidos para contas geridas exclusivamente pela estelionatária, deixando os idosos sem receber qualquer valor.

Um dos casos mais graves envolveu um casal de idosos que perdeu mais de R$ 50 mil devido ao golpe. No dia 3 de abril, o idoso de 73 anos, morador do bairro Cruzeiro, faleceu devido a um AVC após tomar conhecimento do prejuízo financeiro sofrido.

A Polícia Civil destaca a importância de as vítimas registrarem ocorrência policial e efetuarem a representação criminal, para que os criminosos envolvidos possam ser devidamente punidos.

Fonte: Rádio Solaris