Filha acusada de matar pai e madrasta, em Cachoeirinha, volta à prisão

A ré Cláudia de Almeida Heger foi recolhida novamente ao sistema prisional na quarta-feira, 17 de maio, a pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Cachoeirinha. Cláudia e seu filho, Andrew Heger Ribas, que está internado no Instituto Psiquiátrico Forense, foram denunciados pelo promotor de Justiça Thomaz de La Rosa por homicídios qualificados e ocultação de cadáveres do casal Rubem Affonso Heger e Marlene dos Passos Stafford Heger. Os réus são filha e neto de Rubem.

Claudia estava em prisão domiciliar desde 12 de agosto de 2022, após apresentar um laudo médico que atestava paraplegia. No entanto, ela foi vista caminhando dentro do Hospital Vila Nova, em Porto Alegre, quando estava internada lá. Além disso, em 15 de março deste ano, compareceu a uma audiência dirigindo um veículo não adaptado para pessoas com deficiência, como certificado por um oficial de Justiça.

No pedido de prisão preventiva, o promotor Thomaz de La Rosa fundamentou: “De fato, da análise das imagens captadas pela câmera do fórum, vê-se que a denunciada não possui um quadro de saúde grave, pois, ao se evadir do prédio, dirige-se ao veículo, levanta da cadeira de rodas para se acomodar no banco do motorista e sai do local conduzindo veículo não adaptado”.

Além disso, ele ressaltou que o recolhimento de Cláudia ao sistema prisional é necessário devido ao risco gerado por sua liberdade, uma vez que, durante o processo, ela teve diversas ocorrências policiais registradas contra si, responde a processos criminais, possui uma sentença condenatória e até simulou o próprio sequestro.

Relembrando o caso, Cláudia é filha de Rubem Affonso Heger, de 85 anos, que foi assassinado em 27 de fevereiro, na Vila Carlos Antônio, em Cachoeirinha, de acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público. Na casa de Rubem, sua companheira, Marlene dos Passos Stafford Heger, de 53 anos, também foi assassinada.

Em 26 de maio, o promotor de Justiça Thomaz de La Rosa denunciou Cláudia e seu filho por crimes como homicídios qualificados e ocultação de cadáveres. Os corpos ainda não foram encontrados. Rubem e Marlene foram vistos pela última vez em 27 de fevereiro de 2022. As câmeras de segurança de uma casa vizinha registraram as últimas movimentações na residência do casal.

Nas imagens, é possível ver a filha e o neto chegando ao local para almoçar com o pai e a madrasta. Quatro horas depois, a mulher coloca colchões nas portas da garagem, bloqueando a visão de quem passa pela rua. Em seguida, eles saem, fecham o portão e vão embora. Não é possível ver se o casal também estava no carro.

Cláudia afirmou à polícia que levou o casal para sua residência, em Canoas, onde o pai e a madrasta teriam permanecido por alguns dias. Depois de supostamente ir a uma unidade de saúde para uma consulta, a mulher retornou para casa e não encontrou mais Rubem e Marlene.

Um outro neto de Rubem estranhou o desaparecimento. Segundo ele, o avô tinha enfisema pulmonar e usava medicamentos diariamente, além de precisar de oxigênio eventualmente.

O pedido de prisão dos investigados foi encaminhado ao Judiciário após a perícia apontar que o sangue encontrado nas paredes da casa dos fundos, onde o casal morava, era de Rubem. A investigação acredita que o idoso e a esposa tenham sido mortos no local. Após o crime, os corpos teriam sido removidos de carro.

Fonte: Serra Nossa

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