Governador Eduardo Leite recebe demandas de representantes do MST

O governador Eduardo Leite recebeu, na tarde desta terça-feira (16/4), representantes da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), acompanhados pelo deputado estadual Edegar Pretto. Embora o grupo já tenha conversado com o governador durante a campanha eleitoral, este foi o primeiro diálogo oficial entre o Executivo e o MST.

O deputado elogiou a postura do governador e agradeceu a disponibilidade em receber o grupo. Leite garantiu que as portas do Palácio Piratini estão abertas a quem estiver disposto a dialogar.

“Independentemente de questões políticas, há milhares de pessoas que fazem parte da realidade em assentamentos, e o Estado tem de olhar para elas e proporcionar políticas públicas”, comentou.

Ainda que a desapropriação ou a aquisição de terras seja uma atribuição da esfera federal, o MST pede a contribuição e o apoio do Estado para facilitar o processo de acesso às terras. De acordo com a direção estadual do MST, das 13 mil famílias assentadas no RS, cerca de 4,5 mil encontram-se em assentamentos estaduais.

O movimento também conta com 21 cooperativas agropecuárias, vinculadas à Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul. A produção leiteira, por exemplo, envolve mais de 7 mil famílias e, em 2017, foi responsável por 120 milhões de litros de leite. As famílias também produzem arroz, feijão, milho e soja.

Durante o encontro, o MST apresentou algumas demandas, sintetizadas em um documento que foi entregue ao governador. Uma delas é a liberação de verba do Programa Camponês, que está travada no BNDES.

Reunião na Agricultura

Outra preocupação do grupo diz respeito à educação no campo. Os representantes pedem a manutenção das escolas dos assentamentos e a contratação de mais professores para a área rural. Hoje, 2,2 mil alunos estudam em escolas nos assentamentos.

Para o governador, o propósito do Estado no que diz respeito à educação é proporcionar o aprendizado. “Não é ter mais ou menos escolas, é o aprendizado. Aí se identificar se o número de escolas está suficiente, se há escolas com poucos alunos. Temos de otimizar o uso dos recursos públicos, analisando caso a caso os assentamentos”, ponderou.

Para tratar dos financiamentos relacionados aos assentamentos e às questões agropecuárias, o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, marcou uma reunião para o próximo dia 30 de abril. As demandas relacionadas ao ensino serão tratadas em reunião dia 6 de maio, com a presença do secretário da Educação, Faisal Karam. O Estado também tem intenção de fomentar a produção de alimentos pelos assentados, movimentando a economia gaúcha.

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