“Era formado em acrobacia e treinava semanalmente”, diz diretor de aeroclube sobre morte de piloto em Bento Gonçalves

O acidente aéreo que vitimou o empresário Frank Zietolie, 48 anos, causou estranheza aos entusiastas do Aeroclube de Bento Gonçalves. O avião de acrobacia teria perdido altitude poucos minutos após decolar, por volta das 15h20min deste sábado (23), e colidiu lateralmente contra um prédio em construção no bairro São João, as informações são do Portal Gaúcha ZH.

— A cabeceira da pista fica a cerca de 300 metros (do acidente), mas não fica (na rota) onde ele bateu. Ele tentou desviar, mas provavelmente não teve espaço ou velocidade para isso. Mas, são suposições. Não temos uma testemunha que viu todo o acidente — afirma Luciano Gasperin, diretor técnico do Aeroclube.

CEO do Grupo Unicasa, Zietolie tinha como hobby as acrobacias aéreas. O piloto amador tinha formação pelo Aeroclube do Rio Grande do Sul e mantinha duas aeronaves no Aeroclube. Este avião Cap 10, que é feito de madeira e tem origem francesa, não era o mais potente do empresário.

— Avião de acrobacia é aquele preparado para sofrer cargas e manobras mais bruscas. Atinge na faixa de 150 e 200 quilômetros por hora. (Zietolie) treinava semanalmente e era um grande entusiasta do aeroclube, mas houve esta fatalidade. Estranhamos as condições do acidente — lamenta Gasperin.

Uma das testemunhas da tragédia deste sábado foi Carlos Piovesan, 55, que teve o seu primeiro dia de trabalho na construção do Residencial Monreale marcado pelo susto.

— O avião veio de lado, bateu na sacada, derrubou dois andaimes e ainda bateu na torre do guincho, antes de cair. Estava dentro (do prédio), o barulho era parecido com uma colisão entre dois caminhões. Foi um susto bem grande. Tinha um monte de colegas pelo pátio, mas felizmente ninguém se feriu — conta o segurança.

O chamado aos Bombeiros aconteceu às 15h20min. A aeronave de madeira foi destruída pelo impacto, mas não havia riscos ao prédio ou proximidades.

— Encontramos a vítima ao lado da aeronave caída. Ele apresentava hemorragias por todo corpo e uma laceração forte na perna. A vítima entrou em parada (cardiorrespiratória), então fizemos os procedimentos de reanimação e levamos para o hospital — relata o sargento Ricardo Zounar.

Uma das preocupações dos Bombeiros foi com o tanque de gasolina da aeronave, que foi esvaziado e espalhada serragem para evitar o risco de incêndio. O resgate evitou mexer nos destroços para não prejudicar a perícia pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão do Comando da Aeronáutica, que investigará o acidente.

A perícia está prevista para ocorrer neste domingo e, por isso, parte da Rua Alvi Azul está isolada e o trânsito segue em meia pista.

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