Apesar das saudades: conheça a história da família veranense que mesmo com a distância, nunca deixou de cultivar o amor

Neste dia 30 de janeiro, celebra-se o dia da saudade

Há mais de cinco anos, a palavra “saudades” começou a ter um significado diferente para a veranense Débora Attolini. Farmacêutica, 32 anos, mora no Canadá desde os 27, devido a seu trabalho com pesquisa clínica. Ao decidir morar em outro país, ela enfrentou diversos desafios, passou por diferentes experiências e conheceu diversas culturas, mas durante todo esse trajeto, aquela “palavrinha” sempre esteve em seu vocabulário e preencheu seu coração.

Quem é Débora

Atualmente, Débora mora na Província do Quebec, no Canadá, mas foi um longo caminho até chegar lá. Ela saiu de casa em 2006, com 17 anos, para morar em Porto Alegre e cursar Farmácia na PUCRS. Segundo ela, a escolha do curso foi decorrente de sua certeza em poder, após graduada, contribuir no desenvolvimento de novos medicamentos para doenças até então sem cura e, como consequência, salvar vidas.

Em suas experiências durante a graduação, foi se apaixonando a cada dia mais pela ideia de buscar melhores tratamentos para pacientes com câncer. Por esse motivo, ela se especializou nessa área e começou, em 2011, a trabalhar na empresa chamada IQVIA, número um no mundo em relação a pesquisa clínica.

Mas Débora queria e podia mais. Foi então que decidiu passar um tempo no Canadá e com muita dedicação e persistência, depois de algumas tentativas frustradas, em 2015 recebeu uma proposta de transferência interna pela sua empresa para o país. O que era apenas uma experiência rápida, tornou-se um projeto de vida.

– A ideia inicial era morar lá (Canadá) por dois anos, o tempo do visto de trabalho, porém, novas propostas surgiram e hoje já fazem cinco anos e dois meses que estou lá, sou gerente de estudos clínicos e já estou perto de obter a cidadania canadense – pontua.

O motivo de sua saudade

O que causa o sentimento de sua saudade possui nome e sobrenome: Cleusane Pagnoncelli Attolini, 60 anos e Décio Attolini, 67 anos.

Seus pais, há cinco anos, ficam há cerca de 8.647 km de distância, havendo encontros uma vez por ano. Apesar da saudade ser muito forte, visto que há uma ligação muito estruturada entre a família, a vontade de ver a filha bem é maior do que os quilômetros de distância.

– Meus pais, com certeza, sentem muita saudade, assim como eu sinto, mas para eles a certeza de que eu estou feliz, realizada pessoal e profissionalmente, e morando em um lugar seguro é mais importante do que estar morando aqui ou em alguma cidade mais perto. Eles me ajudaram demais nas minhas decisões, me incentivaram e seguem me incentivando a buscar o que é melhor para mim – afirma.

Mesmo que a falta seja grande, a internet aproxima-os. Por meio de ligações e mensagens, cada dia é enfrentado com mais leveza. Ademais, a certeza do amor entre a família, supera os desafios. Além deles, porém, a saudade se estende para todos os parentes e amigos. Débora possui um irmão, uma cunhada e um sobrinho (que é seu afilhado) pelos quais cultiva, também, um carinho gigante.

O que é a saudade para ela

Segundo o dicionário, a palavra saudade significa “sentimento nostálgico causado pela ausência de algo, de alguém, de um lugar ou pela vontade de reviver experiências, situações ou momentos já passados”. Para a Débora, esse sentimento tem seu próprio significado.

– O sentimento de saudade é constante no meu coração, não tem um dia que eu não sinta saudades da minha família, dos amigos, de casa, dos cachorros, da comida deliciosa, da temperatura, das cores do Brasil. É difícil mensurar o peso que a saudade tem para mim, é muito grande -afirma.

Apesar da saudade se fazer latente, ela guarda um lado positivo. Esse sentimento só existe, porque há algo ou alguém que ocasione essa falta, coisas boas já aconteceram e por isso causam esse tom nostálgico. A saudade dói, mas é importante, porque relembra que há alguém ou algo que faz com que tudo valha a pena, sempre há quem esteja lhe esperando.

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