Cientistas brasileiros criam meio de utilizar rejeitos de madeira para construções

Cientistas no interior de São Paulo desenvolveram uma técnica para reaproveitar rejeitos de madeira, que normalmente eram descartados. Eles criaram uma espécie de compensado que reaproveita os materiais que antes não seriam utilizados. Estima-se que seja desperdiçada em média 60% da madeira de uma árvore. Isso se dá pelo fato de que pedaços tortos não podem ser usados em diversos segmentos, como por exemplo, para a construção civil. 

No laboratório da Escola de Engenharia da USP em São Carlos, a madeira é processada, assim, os pedaços dos rejeitos viram lascas. Depois, tudo é batido junto com uma cola à base de mamona. O material vai para uma forma, onde é prensado a uma temperatura de 100 graus. Após esse processo, o material se transforma em painéis, que substituem os compensados de madeira feitos com toras inteiras das árvores. Diante disso, é possível utilizar o material para construção civil ou na fabricação de móveis e decorações. 

“Na verdade, quando você vai fazer o compensado, em geral você usa material de uma árvore ou de árvores da mesma espécie. Essa vantagem que temos no painel de lascas é poder usar uma mistura de espécies que, mesmo com mistura de espécies, conseguimos um desempenho equivalente ao de compensado”, explica o professor da EESC/USP, Francisco Rocco.

Conforme estudiosos, o principal benefício é para o meio ambiente, pois é possível diminuir o desmatamento.  Além disso, os rejeitos que muitas vezes são descartados de forma irregular nos rios ou então são queimados, o que polui o ar, passam a ganhar uma nova finalidade.

Com o passar do tempo, os cientistas esperar mudar a situação atual de rejeitos descartados no meio ambiente. De acordo com informações do G1, a região Norte brasileira é uma das maiores produtoras de rejeitos de madeira no Brasil. São geradas cerca de 800 mil toneladas por ano, que acabam desperdiçadas. 

“Uma oportunidade de aproveitar um rejeito que normalmente teria uma destinação não tão nobre. A natureza agradece muito”, completa Francisco Rocco.

Informações: G1

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