Nível de nicotina em cigarros eletrônicos é seis vezes maior do que em cigarros comuns, diz pesquisa

Instituto do Coração apresentou, nesta quarta-feira (29), dados preliminares de um estudo sobre os impactos do cigarro eletrônico. A pesquisa chama a atenção para a preocupante falta de conhecimento dos jovens sobre o alto risco de dependência a que o usuário é submetido.

“É bem difícil, mas faz um tempo que estou tentando diminuir. Eu nunca tinha tido problema respiratório, depois que eu comecei a fumar, tive pneumonia, rinite, sinusite…”, relata Gustavo Evangelista. Assim como muitas pessoas, o comerciante sabe que o hábito faz mal para a saúde e está na luta para parar de fumar.

Há dois meses, técnicos da Vigilância Sanitária realizam uma espécie de mapeamento em grandes eventos, onde são colhidas amostras de saliva de adultos jovens com mais de 18 anos. “É como se estivesse pegando o sangue. Você pega a saliva, que é muito mais simples, e consegue dosar as substâncias de interesse da pesquisa, a aconitina e a nicotina”, explica o pesquisador Marcelo Filonzi dos Santos.

Muitos usuários não fazem ideia dos prejuízos que o cigarro eletrônico pode causar. “Alguns que começaram a utilizar por influência de amigos acham que não faz mal realmente, que trocaram o cigarro pelo eletrônico porque foram informados que seria utilizado para parar de fumar”, conta Elaine D’Amico, coordenadora de fiscalização do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo.

No entanto, o que o estudo mostrou até agora surpreendeu os próprios pesquisadores. “O nível de nicotina presente em quem fuma cigarro eletrônico pode ser até seis vezes maior do que o encontrado naqueles que fazem uso de cigarro comum”, explica Elaine. “O indivíduo passa a fazer o uso do cigarro eletrônico inúmeras vezes mais, e a alta frequência, que chega a ser de 1,2 mil ao dia, é muito maior do que de quem fuma um maço que dá 200 puxadas, o que aumenta o risco de doenças respiratórias e cardiovasculares”, conta.

Informações SBT News.

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