Grávidas correm risco 70% maior de infecção por coronavírus, diz estudo

Um estudo publicado na terça-feira (16), no Jornal Americano de Obstetrícia e Ginecologia, mostra que a taxa de infecção de Covid-19 entre mulheres grávidas, no estado de Washington, nos Estados Unidos, foi 70% maior do que em adultos com idades semelhantes, no mesmo estado.

O estudo também descobriu que as taxas de infecção entre mulheres negras grávidas eram, de duas a quatro vezes, maiores do que o esperado. “As mulheres grávidas não foram protegidas da Covid-19 nos primeiros meses da pandemia, com o maior índice de infecções ocorrendo em quase todos os grupos de minorias raciais/étnicas”, escreveram os pesquisadores em seu relatório.

Para o estudo, a equipe de pesquisa coletou dados de 240 pacientes grávidas com Covid-19 em 35 hospitais e clínicas, que respondem por 61% dos nascimentos anuais do estado, de março a junho de 2020.

“Nossos dados indicam que as mulheres grávidas não evitaram a pandemia como esperávamos, e as comunidades de cor carregaram o maior fardo”, disse a Dra. Kristina Adams Waldorf, uma obstetra da Escola de Medicina da Universidade de Washington e o autor sênior do relatório.

De acordo com o estudo, a taxa de infecção de Covid-19 em mulheres grávidas no estado de Washington foi de 13,9 em cada 1.000 partos, em comparação com uma taxa geral de 7,3 em cada 1.000 para jovens de 20 a 39 anos no estado.

“As taxas de infecção mais altas em pacientes grávidas podem ser devido à representação excessiva de mulheres em muitas profissões e setores considerados essenciais durante a pandemia Covid-19 – incluindo saúde, educação, setores de serviços”, disse a autora principal, Dra. Erica Lokken, em um comunicado à imprensa.

Os pesquisadores sugerem que as gestantes devem ser amplamente priorizadas para a vacinação contra Covid-19. “Mulheres grávidas estão excluídas da priorização de alocação em cerca de metade dos estados dos EUA. Muitos estados nem mesmo estão vinculando seus planos de alocação de vacina Covid-19 às condições médicas de alto risco listadas pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças, que inclui gravidez”, disse Waldorf.

Com informações do Portal O Sul.

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