Planalto alega ‘agenda de viagens’ para justificar gastos de R$ 8 mi no cartão corporativo de Lula
De acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), a maior parte dos gastos no cartão corporativo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se deve às viagens oficiais para cumprir agendas no exterior. Dados do Portal da Transparência, que monitora o uso do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) pela Secretaria de Administração da Presidência da República, revelam que no chamado “cartão corporativo” do chefe do Executivo foram gastos quase R$ 8 milhões de janeiro a julho deste ano.
A Secom afirma que as viagens internacionais do presidente Lula resultaram diretamente em 111,5 bilhões de reais em novos investimentos para o país nos seis primeiros meses do ano. O Palácio do Planalto ainda informou que a maior parte dos gastos com o cartão corportativo é referente a serviços de apoio de solo das aeronaves em viagens internacionais.
“Além de recuperar a imagem do país no exterior, o objetivo das viagens é também restabelecer as relações comerciais com parceiros importantes, o que resulta na atração de investimentos estrangeiros em áreas estratégicas que contribuem diretamente para recuperação da capacidade do mercado interno, impulsionando a geração de emprego e renda no Brasil”, completa a nota.
A agenda de viagens de Lula incluiu encontros com líderes de diversos países, como China, Estados Unidos, União Europeia, Índia e Argentina. O presidente brasileiro tem priorizado regiões com as quais o Brasil enfrentou desgastes na última gestão presidencial, como a América Latina e a China.
O governo Lula tem sido criticado por opositores por ter realizado uma série de viagens internacionais em um curto período de tempo. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, realizou apenas 17 viagens internacionais em seus quatro anos de governo.
No entanto, o governo Lula defende que as viagens internacionais são necessárias para retomar o protagonismo do Brasil no cenário internacional e atrair investimentos estrangeiros.