Oito pessoas são presas no RS em investigação de “golpe da casa própria”

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Esteio, deflagrou na manhã desta terça-feira (28) a Operação Doce Lar, a fim de desarticular um esquema de golpes em pessoas que buscam adquirir sua casa própria.

As investigações, coordenadas pelo delegado Marco Swirski, iniciaram a partir do registro de ocorrência de uma vítima que teve prejuízo financeiro de R$ 85 mil, além de sofrer extorsão com graves ameaças.

A Operação Doce Lar cumpriu 19 medidas cautelares, sendo dez prisões e nove de mandados de busca e apreensão.

Oito investigados envolvidos no esquema criminoso foram presos. Houve apreensão de drogas e outras provas que reforçam a materialidade dos delitos.

O golpe funciona da seguinte forma: a pessoa interessada em adquirir o imóvel encontra o anúncio na rede social Facebook e deixa seu número de telefone. Posteriormente, um dos integrantes do esquema entra em contato e marca uma visita ao imóvel.

Na data combinada, o golpista apresenta o imóvel à vítima que, convencida, acaba fechando negócio. Porém, ocorre que o imóvel pertence a um terceiro que não tem nenhum conhecimento da negociação. Inclusive, os golpistas chegam a alterar os números dos imóveis para ludibriar as vítimas. Após realizado o pagamento, a vítima passa a ser constrangida mediante ameaça de morte para não ocupar o imóvel, sendo que os golpistas informam que o dono é um membro de facção criminosa. Com medo, muitas vítimas acabam não procurando a Delegacia para reportar o caso.

Dentre os integrantes do esquema, alguns possuem antecedentes por tráfico de drogas, extorsão mediante sequestro, furto e estelionato. Um dos investigados possui mais de 20 ocorrências pela prática do “golpe da casa própria”.

Segundo o delegado regional de Canoas, Cristiano de Castro Reschke, investigações que apuram golpes, estelionatos, fraudes e extorsões, em especial, são tratadas como prioridades no enfrentamento ao crime organizado, uma vez que são nessas modalidades criminosas que esses grupos buscam recursos para fomentar outros delitos.

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