Mortandade de abelhas preocupa agricultores de Antônio Prado e Ipê

Segundo a Rádio Solaris, produtores de Antônio Prado e Ipê registram milhares de mortes em suas colmeias de abelhas e a suspeita é de envenenamento por produto químico.

Os inseticidas utilizados nas lavouras são os principais suspeitos, porque podem ser arrastados pelo vento e contaminar os insetos.

Em entrevista a rádio Solaris 97,3 nesta segunda-feira (05), o chefe da EMATER de Ipê, Engenheiro Agrônomo Dalberto Corezzola tratou sobre o assunto.

Corezzola afirmou que já há alguns anos esse fato vem ocorrendo, não só agrotóxicos que estão matando as abelhas, muitas vezes é doença no apiário. Para identificar o problema as abelhas são enviadas para laboratório para análise.

Alguns produtos, como inseticidas, utilizados pelos agricultores têm registro e permissão para uso no Brasil, mas na Europa foram banidos justamente por causar a morte dos insetos. Alguns herbicidas também causam mortes.

Por voar cerca de dois quilômetros distantes da propriedade, a contaminação pode acontecer no terreno do vizinho, já que a região não tem grandes propriedades.

Dalberto orienta os agricultores a pulverizar em dias que não tenha vento, evitando assim que o agrotóxico seja levado a maiores distâncias. Não sendo possível a orientação é que também seja regulado o pulverizador com uma gota mais grossa evitando que o vento leve.

Importante também que o agricultor pulverize em horário que as abelhas estão trabalhando menos, no final da tarde ou, se possível, durante a noite.

“Não podemos esquecer que 70% dos alimentos que consumimos dependem das abelhas para serem produzidos, portanto devemos cuidar desses insetos que são nossos parceiros na agricultura”, finaliza Dalberto.

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