Mulher paga tatuagem com sexo e agride rapaz ao notar que era filmada

Segundo o Portal G1, duas mulheres, de 18 e 30 anos, foram indiciadas por roubar e agredir um tatuador, de 34, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Segundo informações da polícia divulgadas nesta quinta-feira (31), uma das mulheres já conhecia a vítima previamente e pagava as sessões de tatuagem com sexo.

Inicialmente, ao registrar a ocorrência na Polícia Civil, o tatuador afirmou que não conhecia a mulher e que ela teria agendado uma sessão de tatuagem. A mulher chegou ao estúdio com uma colega e ambas praticaram o roubo, ameaçando-o com uma faca. Segundo a vítima, que também afirma ter sido agredida, elas teriam levado o telefone celular, cartão de memória, duas máquinas de tatuagem, um notebook e um tênis.

De acordo com informações da polícia, ao longo da investigação, porém, o tatuador voltou atrás e disse que, na verdade, já conhecia uma das mulheres. Ambos haviam firmado um acordo de que o homem faria as tatuagens e a mulher pagaria o serviço com relações sexuais dentro do local de trabalho. Os encontros duraram cerca de três meses.

Câmeras de vídeo

O advogado que representa as duas mulheres, relatou no dia 23 de setembro, a mulher que tinha relações com o tatuador compareceu ao estúdio no bairro Samambaia acompanhada da colega, também indiciada, e da irmã dela. Sabendo do acordo entre a mulher e o tatuador, as duas outras pessoas teriam ficado fora do estúdio.

Ainda segundo Cruz, quando o tatuador se ausentou por alguns instantes, a mulher percebeu duas câmeras de vídeo conectadas a um notebook. “Ela ficou irritada com a presença dos equipamentos e começou a discutir com o tatuador, iniciando luta corporal”, relata. Em seguida, a mulher teria retirado as câmeras, o notebook, o cartão de memória e o celular e levou embora.

A defesa das mulheres ainda afirma ainda que a acusação de roubo, movida pelo tatuador, teria sido motivada por vingança. “Primeiro ele fez uma falsa acusação de crime, porque quis se resguardar da acusação pelas filmagens. Depois, ele quis se vingar dela, porque ela levou o celular e o notebook, além das agressões que sofreu”, explica.

Investigação

Questionado pelos investigadores do 2º DP de Praia Grande, o tatuador confirmou que tinha câmeras no estúdio e que os equipamentos serviam para sua “a própria segurança”, mas negou que tivesse a intenção de divulgar as imagens na internet e em redes sociais.

Como as mulheres não apresentaram provas suficientes de que, de fato, existiam mesmo vídeos gravados nos equipamentos levados e destruídos, o setor de investigação decidiu pelo indiciamento das mulheres pelo crime de roubo.

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