Ferrari processa brasileiro por réplica de supercarro artesanal

Um dentista de Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, tornou-se alvo de um processo judicial movido pela Ferrari após fabricar uma réplica artesanal do modelo F-40. A montadora italiana alegou violação de direitos de marca e solicitou à Justiça a apreensão e destruição do veículo, que foi anunciado para venda na internet. O caso, iniciado em 2019, chamou atenção por envolver um dos modelos mais icônicos da fabricante, cujo valor original pode ultrapassar R$ 4 milhões.

A situação teve início quando o dentista anunciou o carro por R$ 80 mil em um site de vendas, justificando que a decisão ocorreu após sofrer um furto em sua clínica, que resultou na perda de equipamentos importantes para sua profissão. Apesar de retirar o anúncio duas semanas depois, a Ferrari tomou conhecimento do caso e entrou com uma ação judicial, alegando a necessidade de proteger sua marca. A Justiça determinou que o dentista fosse proibido de fabricar novas réplicas ou anunciá-las.

Além de pleitear a destruição do veículo, a montadora solicitou uma indenização por danos materiais e “lucros cessantes”, argumentando que a conduta do réu poderia prejudicar suas receitas. Apesar de a sentença ter sido concluída em 2019, a Ferrari ainda busca o pagamento da indenização, avaliada em R$ 42 mil. Em contrapartida, foi encontrado pouco mais de R$ 800 na conta do dentista, valor que já foi bloqueado judicialmente, enquanto novas medidas legais tentam reaver o montante devido.

O dentista, por sua vez, entrou com um processo contra a montadora, pedindo uma indenização de R$ 100 mil por danos psicológicos. Ele alegou que a réplica foi construída de forma totalmente artesanal, destacando sua admiração pela Ferrari desde a infância. Apesar de sua argumentação, o caso continua gerando repercussão e reforça o debate sobre os limites entre paixão e os direitos de propriedade intelectual.

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Com informações do Portal G1.

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