Silvio Almeida se declara inocente e afirma que pediu demissão para facilitar investigações
O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, revelou que solicitou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que fosse exonerado, após denúncias de assédio sexual surgirem contra ele. Almeida destacou que sua saída do cargo permitirá uma investigação justa e imparcial, reafirmando seu compromisso em provar a própria inocência. Ele comentou que o afastamento trará a liberdade necessária para apurar os fatos e acolher qualquer possível vítima, garantindo que o processo seja conduzido com o rigor adequado.
Em sua primeira declaração após deixar o governo, Almeida fez um balanço de seus 1 ano e 8 meses à frente da pasta, destacando as conquistas alcançadas na reconstrução das políticas de direitos humanos no país. O ex-ministro reiterou que é vítima de um complô orquestrado por opositores políticos, sem citar nomes, e afirmou que sua luta pelos direitos humanos não se abalaria por acusações que considera infundadas.
A exoneração de Almeida foi confirmada um dia após a ONG Me Too Brasil divulgar que ele foi denunciado por assédio sexual. A organização optou por proteger a identidade das denunciantes, mas afirmou que as acusações têm base sólida. Uma das supostas vítimas seria a ministra Anielle Franco, que também se manifestou, criticando pressões para que as vítimas falem em momentos de vulnerabilidade, mas se prontificou a colaborar com as investigações.