Polícia Federal deflagra nova fase da Operação Coactum e investiga desvio de milhões em Bagé
A Polícia Federal intensifica o combate à corrupção em Bagé com a deflagração da Operação Coactum III. A nova fase da operação, que teve início nesta terça-feira (13/08), mira um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, com prejuízo estimado em mais de 10 milhões de reais.
Em ação conjunta com o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), 72 policiais federais cumpriram 34 mandados de busca e apreensão em Bagé, Porto Alegre e Florianópolis. O objetivo é desarticular uma organização criminosa que, desde 2017, exigia parte dos salários de servidores públicos comissionados da Prefeitura de Bagé.
“Rachadinha” e caixa dois
Conhecida como “rachadinha”, a prática consistia em obrigar servidores a devolver parte de seus vencimentos, sob ameaça de demissão. Os valores desviados eram utilizados para financiar campanhas eleitorais, sem a devida declaração à Justiça Eleitoral, caracterizando o crime de caixa dois.
A Operação Coactum II, deflagrada em maio deste ano, já havia revelado indícios da existência dessa organização criminosa. Na ocasião, dois servidores foram presos em flagrante por peculato, portando valores recolhidos de outros funcionários.
Alvos da operação
Entre os alvos da nova fase da operação estão agentes políticos, funcionários públicos e pessoas ligadas ao esquema de desvio de recursos. As investigações apontam para a existência de uma complexa estrutura criminosa, responsável por ocultar e dissimular os valores desviados.
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