Paraguaio é extraditado para o Brasil em Desdobramento da Operação Hinterland
No domingo (25/08), a Polícia Federal executou a extradição de um criminoso paraguaio, considerado um dos principais líderes de uma organização criminosa investigada na Operação Hinterland. A operação, deflagrada em março de 2023, visa desarticular um grupo responsável pelo envio de aproximadamente 17 toneladas de cocaína da América do Sul para a Europa, utilizando portos brasileiros como ponto de partida.
O extraditado desembarcou no Aeroporto de Caxias do Sul, onde foi imediatamente encaminhado ao sistema prisional do Rio Grande do Sul. Ele deverá ser transferido para um presídio federal nos próximos dias. O criminoso, que já tinha um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal, é peça-chave na investigação.
A Polícia Federal aguarda ainda a extradição de outro investigado pela Operação Hinterland, um cidadão albanês preso em Dubai, acusado de ser o principal responsável pela distribuição da droga na Europa.
A Operação Hinterland foi lançada com o cumprimento de 534 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão preventiva executados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Rondônia, além de ações internacionais em Assunção, no Paraguai, e em Dubai. As investigações também resultaram no sequestro de 87 bens imóveis, 173 veículos, uma aeronave, além do bloqueio de contas bancárias e ativos vinculados a 147 CPFs e CNPJs.
Com essas medidas, a Polícia Federal estima que a organização criminosa tenha sofrido uma perda financeira de cerca de R$ 3,85 bilhões, impactando significativamente suas operações.
Defesa emite nota
A defesa do empresário, a cargo do Escritório Aury Lopes Jr Advogados, esclarece que o homem um empresário paraguaio, que sempre esteve a disposição da justiça, e que lamenta a desnecessária extradição. A defesa ainda esclarece que está recorrendo da decisão de extradição e também da que decretou a prisão preventiva, aguardando uma manifestação dos tribunais superiores que deverá ocorrer ao longo da semana. Ele não possui qualquer relação com os fatos e irá comprovar isso ao longo da instrução, sendo completamente desnecessária sua prisão e a própria extradição.