Médica que raptou recém-nascida teve surto psicótico, diz defesa
Uma médica, suspeita de raptar uma recém-nascida em um hospital de Uberlândia, Minas Gerais, foi presa na última quarta-feira (24) e está detida na penitenciária feminina de Orizona, Goiás. A bebê, que foi levada do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), já foi devolvida aos pais. A defesa da acusada alega que ela teve um surto psicótico no momento do crime, devido a um transtorno afetivo bipolar.
Na manhã desta quinta-feira (25), a suspeita passou por uma audiência de custódia, onde foi decidido que ela permanecerá presa enquanto responde ao processo por sequestro de incapaz. Segundo a defesa, a médica estava em crise psicótica e não tinha discernimento de suas ações. A polícia civil sustenta que o crime foi premeditado, pois foram encontrados itens de enxoval para bebê no veículo da suspeita.
A investigação aponta que a médica se apresentou aos pais da recém-nascida como pediatra, usando um crachá da UFU, e levou a criança dizendo que iria alimentá-la, mas a escondeu em uma mochila e saiu do hospital. Ela foi presa em Itumbiara, Goiás, no dia seguinte ao sequestro. A Universidade Federal de Uberlândia informou que iniciou uma apuração interna para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.
O delegado responsável pela investigação, Marcos Tadeu de Brito Brandão, afirmou que a próxima etapa é investigar todas as circunstâncias do crime e possíveis envolvimentos da suspeita em outros crimes similares. Ele ressaltou que a mulher não possui antecedentes criminais em Minas Gerais. Brandão também negou qualquer envolvimento da suspeita em um homicídio registrado há quatro anos em Uberlândia, desmentindo informações falsas divulgadas nas redes sociais.
Por fim, o delegado mencionou que também será investigada uma possível falha no sistema de segurança do hospital. Ele comentou sobre a possibilidade de a suspeita ter perdido uma gestação pouco antes do crime, mas afirmou que, até o momento, não há informações concretas sobre isso. O foco inicial da investigação foi a recuperação da criança.