Invasão ao sistema do governo resulta em desvio de pelo menos R$ 3,5 milhões

Um esquema criminoso que visava desviar R$ 3,5 milhões do Ministério da Gestão e da Inovação em Recursos Públicos (MGI) foi frustrado pelo governo federal, que conseguiu recuperar R$ 2 milhões do montante total. A tentativa de fraude ocorreu no dia 5 de abril, através da invasão do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), plataforma utilizada para pagamentos a credores, transferências a estados e municípios, e pagamento de salários de servidores públicos.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo e do Estadão, os criminosos alteraram os dados bancários de um fornecedor do governo, direcionando o dinheiro para suas contas. No entanto, a ação rápida do MGI em conjunto com a Secretaria do Tesouro Nacional possibilitou a recuperação de R$ 2 milhões antes que o valor fosse sacado.

Após a primeira tentativa de desvio, os criminosos não desistiram e tentaram novamente, dessa vez com um valor ainda maior: R$ 9 milhões. No entanto, essa segunda investida também foi bloqueada pelas autoridades.

O caso está sob investigação da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Até o momento, não há confirmação de envolvimento de servidores públicos ou outras pessoas no crime.

Em resposta à invasão, o governo federal reforçou as medidas de segurança do Siafi. Uma das principais mudanças foi a exigência de que o certificado digital utilizado para acessar o sistema seja emitido pelo Serpro, empresa pública de tecnologia da informação do governo, em vez de empresas privadas.

Além da invasão ao Siafi, funcionários do governo também foram alvos de uma tentativa de phishing, através de mensagens de texto fraudulentas. As mensagens continham nome, CPF e um link falso para atualização de dados do Siafi.

O governo alerta para que os funcionários não cliquem em links suspeitos e que reportem imediatamente qualquer caso à Secretaria do Tesouro Nacional.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que um suspeito de envolvimento no crime foi identificado, mas não divulgou mais detalhes devido ao sigilo da investigação.

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