Lobos de Chernobyl desenvolvem mutação genética que desafia o câncer

37 anos após o desastre nuclear, a Zona de Exclusão de Chernobyl se tornou um laboratório natural único para estudar os efeitos da radiação em diferentes espécies. Uma equipe da Universidade de Princeton está investigando como os lobos da região sobrevivem à exposição prolongada à radiação, e os resultados iniciais são promissores.

Lobos expostos a altos níveis de radiação

Os lobos da Zona de Exclusão estão expostos a mais de 11 mrem de radiação por dia, seis vezes o limite legal para humanos. Apesar disso, eles não desenvolveram câncer, mas apresentam alterações no sistema imunitário semelhantes às de pacientes em tratamento radioterápico.

Mutações genéticas oferecem resistência ao câncer

O sequenciamento do genoma dos lobos revelou mutações em genes relacionados ao câncer, sugerindo que eles podem ter evoluído para se proteger da radiação. Essas mutações podem oferecer pistas para o desenvolvimento de novas formas de tratamento para o câncer em humanos.

Pesquisa em andamento

A pandemia de COVID e a guerra na Ucrânia atrasaram o retorno da equipe à zona de exclusão, mas os resultados preliminares foram apresentados em janeiro de 2024 na Sociedade de Biologia Integrativa e Comparativa.

Chernobyl: Um laboratório natural para a ciência

A Zona de Exclusão de Chernobyl, um local de tragédia, pode se tornar um importante centro de pesquisa para o desenvolvimento de novas formas de combater o câncer. O estudo dos lobos de Chernobyl pode oferecer insights valiosos sobre como a seleção natural molda a resistência à radiação e como essas adaptações podem ser usadas para proteger a saúde humana.

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