Ministério Público Federal se manifesta pelo arquivamento do inquérito policial instaurado para apurar o caso da idosa que morava em hotel de Garibaldi

Em uma reviravolta surpreendente no caso da idosa encontrada em um hotel de Garibaldi e que estava sendo investigada por suposta condição de trabalho escravo, o Ministério Público Federal se manifestou pelo arquivamento do inquérito policial. A Procuradora do Ministério Público Federal de Lajeado, Fabíola Dörr Caloy, argumentou que não foram encontrados elementos concretos que pudessem evidenciar a submissão da idosa à condição de trabalho escravo, de acordo com os autos do inquérito policial.

A Procuradora afirmou que a idosa não era submetida a serviços forçados, jornada exaustiva, condições degradantes de trabalho ou restrição de locomoção no Hotel Pieta. Segundo os elementos informativos presentes no caderno policial, a idosa não era contratada pelo hotel, tendo sido desligada em 2000, e residia gratuitamente em um anexo da estrutura do estabelecimento por não possuir moradia e família conhecida.

Desde o início das investigações, o caso despertou grande interesse e preocupação, especialmente pela suspeita de trabalho escravo. No entanto, com base nas informações apresentadas, a Procuradora concluiu que não havia indícios suficientes de materialidade delitiva do crime.

A manifestação do Ministério Público Federal será encaminhada ao juiz federal de Caxias do Sul, que decidirá sobre o arquivamento ou a abertura de um processo. Essa decisão final será crucial para encerrar ou dar continuidade às investigações do caso.

Relembrando o caso, a Polícia Civil encontrou a idosa nas dependências do hotel no dia 31 de janeiro, após receber denúncias. Funcionários do estabelecimento informaram que ela trabalhou como servente no local entre 1990 e 2000 e que vivia ali desde então. O assessor jurídico do hotel, Flavio Green Koff, afirmou anteriormente que a mulher era considerada parte da família e que não havia uma solução para a situação, já que a idosa não possuía moradia e não tinha contato com seus parentes há quase 44 anos.

A conclusão inicial da Polícia Civil era de que a idosa estava sendo submetida a condições semelhantes à escravidão, resultando no encerramento do inquérito policial no dia 5 de junho. No entanto, com a manifestação do Ministério Público Federal sugerindo o arquivamento, a história toma um novo rumo, deixando em aberto o desfecho do caso da idosa que morava no Hotel Pieta de Garibaldi.

Com informações da Rádio Garibaldi.

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