STF adia novamente julgamento sobre descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou mais uma vez o julgamento que trata da possível descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. A análise do caso, que estava agendada para esta quarta-feira (24), foi retirada da pauta do plenário e ainda não possui uma nova data definida para ser retomada.

De acordo com a assessoria do STF, a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, responsável pela administração da pauta, está avaliando uma nova data para remarcar o julgamento do caso, que foi iniciado há oito anos.

O julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Teori Zavascki em 2015. Três anos depois, o ministro Alexandre de Moraes incluiu o caso na fila da pauta, porém, desde então, não foi discutido em plenário.

O recurso extraordinário apresentado ao STF contesta a punição prevista especificamente para quem “comprar, guardar ou portar drogas sem autorização para consumo próprio”. Atualmente, de acordo com o artigo 8 da Lei 11.343/06, as penas previstas variam desde “advertência sobre os efeitos das drogas” até “prestação de serviços à comunidade” e “medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo”.

Três ministros já votaram a favor da descriminalização, incluindo o relator do caso, Gilmar Mendes. Em seu entendimento, a legislação atual afeta “o direito ao livre desenvolvimento de personalidade para diversas manifestações” e “parece ofender de forma desproporcional a vida privada e a autodeterminação”.

Os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso seguiram o voto do relator e consideraram a lei inconstitucional, porém, fizeram ressalvas. Fachin defendeu que a descriminalização deveria se aplicar apenas ao porte e uso da maconha, excluindo outras drogas; enquanto Barroso propôs que o usuário poderia possuir um limite de 25 gramas ou cultivar até seis plantas, para não ser considerado traficante.

Receba as notícias da Studio via WhatsApp

Receba as notícias da Studio via Telegram

A Rádio Studio não se responsabiliza pelo uso indevido dos comentários para quaisquer que sejam os fins, feito por qualquer usuário, sendo de inteira responsabilidade desse as eventuais lesões a direito próprio ou de terceiros, causadas ou não por este uso inadequado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Podemos exibir anúncios para você?

Parece que você está usando um bloqueador. A exibição de conteúdo publicitário contribui para fazer a informação chegar a você, de forma fácil e gratuita. Por favor, libere a exibição de anúncios para liberar a visualização da notícia.