Líderes nacionais e estaduais se despedem do ex-ministro Eliseu Padilha

Líderes políticos do país e do Estado, familiares, amigos e militantes do MDB prestaram as últimas homenagens ao ex-ministro Eliseu Padilha nesta quarta-feira (15/3), em cerimônia realizada no Salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini.

O governador Eduardo Leite ressaltou que o ex-ministro deixa um legado para o Rio Grande do Sul e o Brasil. “Padilha foi ministro por três governos e isso, por si só, é um atestado da sua capacidade política. Com tristeza, nos despedimos dele, que também foi um entusiasta da nossa candidatura”, disse, referindo-se à eleição ao lado do vice-governador Gabriel Souza.

Citado como grande articulador e político hábil por sua atuação no Congresso e como ministro, em sua despedida, Padilha foi lembrado também por seu caráter humano. Nas rodas de conversas entre as pessoas que conviveram com ele, predominaram histórias de amigos ou colaboradores que receberam incentivo para perseguir seus objetivos.

Uma testemunhas dessa sua faceta é o vice-governador que, assim como Padilha, iniciou a carreira política em Tramandaí, no Litoral Norte. Gabriel destacou a importância do ex-ministro na formação das lideranças políticas dentro e fora do Estado.

“Um dos legados mais importantes que Padilha deixa é a sua característica de formar novos líderes, especialmente na sua gestão à frente da Fundação Ulysses Guimarães. Sua atuação e incentivo ajudaram a formar lideranças no MDB e em outros partidos. Essa característica tem a ver com o espírito partidário e a construção política que sempre exerceu ao longo da sua vida pública”, analisou Gabriel.

De maneira similar se pronunciou o governador do Pará, Helder Barbalho. “Padilha deixa o legado de uma geração que ele representou, mas, acima de tudo, foi amigo, solidário, correto e torcia para que os seus companheiros tivessem sucesso. Sempre nos aconselhava a partir de sua experiência acumulada. Alguém que buscou preparar, qualificar e aprimorar as novas gerações políticas”, lembrou.

O ex-presidente Michel Temer lamentou a morte do amigo. “Perde o Rio Grande do Sul, naturalmente perde o Brasil e perde a ideia da tranquilidade, da serenidade, da competência. E eu, pessoalmente, confesso que perco um grande amigo”, lamentou Temer. “Estivemos juntos por mais de 30 anos.”

O presidente do MDB nacional, deputado federal Baleia Rossi, disse que Padilha era corajoso e fiel às suas convicções. “Foi um dos primeiros filiados do Movimento Democrático Brasileiro e fez isso num momento de risco, em plena ditadura. Teve coragem e militou ao longo de sua vida no mesmo partido e com os mesmos ideais”, observou. “Ele deixa um legado de serviços prestados ao Rio Grande do Sul e ao Brasil. Perdemos um grande líder político e um grande homem público.”

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, rememorou o espírito democrático e conciliador do companheiro de partido. “Ele enfrentava uma boa batalha com diálogo e sabia construir na divergência. Tinha uma percepção política acima da média”, destacou.

O presidente da Assembleia Legislativa, Vilmar Zanchin, expressou seu pesar em nome do Parlamento gaúcho: “Padilha foi um importante político e um dos líderes de sua geração. Meu fraterno abraço aos familiares e amigos”.

Trajetória
Falecido na segunda-feira (13/3), vítima de câncer, Eliseu Padilha, natural de Canela, era advogado e começou a sua trajetória política em Tramandaí, onde foi prefeito entre 1989 e 1993. Entre 1992 e 1993, presidiu a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), começando a conquistar projeção em nível estadual e nacional.

Em 1994 elegeu-se deputado federal, cargo que desempenhou por quatro legislaturas, encerrando o último mandato em 1º de janeiro de 2015. Por seu poder de articulação e observação, tornou-se um dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional. Neste período se licenciou em algumas oportunidades para assumir outras missões.

De fevereiro a dezembro de 1995, comandou a Secretaria Estadual de Negócios do Trabalho, Cidadania e Assistência Social. Em três ocasiões foi ministro: dos Transportes, no governo Fernando Henrique Cardoso, de maio de 1997 a novembro de 2001; da Aviação Civil, no governo Dilma Rousseff, de janeiro a dezembro de 2015; e chefe da Casa Civil, no governo Michel Temer, entre maio de 2016 e janeiro de 2019.

Padilha deixa a esposa, Simone, os filhos Aline, Christiane, Elena, Tales, Taoana e Robinson, os netos Catherine, Victor, Letícia, Gabriella e Rafael e o irmão João.

Também estiveram presentes no velório os ex-governadores do Rio Grande do Sul Germano Rigotto, José Ivo Sartori, Pedro Simon e Yeda Crusius.

Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul

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