Caso Kiss: TJRS confirma envio de pedido de anulação do júri a cortes superiores

Após iniciar vigília na segunda-feira em frente ao Tribunal de Justiça do RS (TJRS), em Porto Alegre, em protesto contra a anulação do júri envolvendo os réus da boate Kiss, representantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) foram recebidos pela 2ª Vice-Presidência. O TJRS admitiu nesta terça-feira os recursos (Especial e Extraordinário) do Ministério Público estadual que questionam a anulação do júri do caso Kiss, pela 1ª Câmara Criminal da Corte. Com isso, caberá às Cortes Superiores, Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STF) decidirem sobre os pleitos da acusação, que busca manter validada a condenação dos quatro réus.

Para a vice-presidente da (AVTSM), Marilene Santos Soares, a mobilização da entidade foi fundamental para a decisão. “Isso representa um alívio a todos nós, traz mais tranquilidade. Esperamos que seja revertida a decisão e os réus continuem condenados”, afirma. O 2º Vice-Presidente do TJRS, desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira, recebeu a comitiva na sede da Corte gaúcha. Responsável por analisar o enquadramento do juízo de admissibilidade dos recursos às Cortes Superiores, o magistrado informou o grupo sobre a decisão, que já está publicada, e destacou que o TJ é sensível às questões que envolvem a sociedade gaúcha.

Ele afirmou que o caso referente à tragédia ocorrida na boate Kiss está entre as mais importantes. O desembargador também explicou sobre a complexidade dos trâmites processuais, suas peculiaridades envolvendo ritos e normas. Os autos chegaram conclusos à 2ª Vice-Presidência em 23 de fevereiro desta ano. “O caminho está traçado”, afirmou. “A presidência do TJ está ciente do problema e solidária com as famílias”. E destacou a organização da Corte para a realização do júri, em dezembro de 2021, que envolveu diversos setores e servidores do TJRS, durante meses, para preparação da logística do julgamento, que durou dez dias, sendo o mais longo da história do Judiciário do RS.

Em sessão de julgamento exclusiva para analisar os recursos que questionam a sentença do Caso Kiss, por 2 votos a 1, a 1ª Câmara Criminal do TJRS decidiu, no dia 3 de agosto de 2022, pela anulação do júri que havia condenado os quatro réus, em 10 de dezembro de 2021. Com o provimento das apelações da defesa, foi revogada a prisão dos apelantes. Os sócios da Boate Kiss Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o auxiliar do grupo musical, Luciano Bonilha Leão, estavam presos desde dezembro do ano passado.

Informações Jornal Correio do Povo.

Receba as notícias da Studio via WhatsApp

Receba as notícias da Studio via Telegram

A Rádio Studio não se responsabiliza pelo uso indevido dos comentários para quaisquer que sejam os fins, feito por qualquer usuário, sendo de inteira responsabilidade desse as eventuais lesões a direito próprio ou de terceiros, causadas ou não por este uso inadequado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Podemos exibir anúncios para você?

Parece que você está usando um bloqueador. A exibição de conteúdo publicitário contribui para fazer a informação chegar a você, de forma fácil e gratuita. Por favor, libere a exibição de anúncios para liberar a visualização da notícia.