Entre polêmicas, engenheiro afirma que caminhões arqueados são mais seguros

Recentemente, a alteração na suspensão traseira de caminhões e carretas, se tornou tema de diversas reportagens que recriminaram os motoristas que arqueiam seus veículos.

Apesar de ser intitulada como “moda recente”, esse tipo de alteração vem desde 2006, quando motoristas do transporte de frutas e verduras perceberam que a traseira arqueada fazia com que o veículo ficasse mais estável nas curvas.

Com o tempo, muitos caminhoneiros aderiram à traseira arqueada, tanto por estética quanto por segurança.

O programa Pé na Estrada, entrevistou o engenheiro Leandro Garbin, responsável por uma pesquisa que avaliava a estabilidade de caminhões originais e modificados.

Por meio de simulação computacional, o teste consistiu em acelerar um caminhão, original, com 6 molas, até que o veículo perdesse estabilidade e tombasse.

A 71 km/h, o caminhão tombou.

Já no segundo teste, com o caminhão arqueado, 12 molas, ou seja, o dobro do primeiro teste, o tombamento ocorreu a 82 km/h.

Segundo Leandro, esse aumento considerável na estabilidade do veículo se deve pelo aumento na rigidez da suspensão.

Outra afirmação dos caminhoneiros que trafegam em caminhões arqueados, é a melhora da estabilidade em dias chuvosos, já que com a alteração, aumenta a carga sobre os eixos dianteiros – fazendo com que as chances de derrapagens e aquaplanagem diminuam.

Isso acontece porque o peso da carga tende a projetar o caminhão sempre em linha reta. Nas curvas, quando o sentido da força muda, se não houver atrito suficiente dos pneus dianteiros com o solo, a dianteira derrapa e o veículo segue reto, saindo da pista e ocasionando um acidente.

Informações Jornal do Caminhoneiro.

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