“Era morrer ou fazer o transplante”, diz 1º homem a receber coração de porco na história

David Bennet, de 57 anos, possuía uma doença cardíaca terminal e precisava de um transplante de coração com urgência. Devido a falta de um órgão para fazer a cirurgia, ele aceitou receber um implante de coração de porco geneticamente modificado. Esta foi a primeira cirurgia do tipo, e, cinco dias depois da operação, o paciente está indo bem, afirmaram os médicos nesta quarta-feira (12). “Era morrer ou fazer esse transplante. Eu quero viver”, disse David.

A cirurgia, realizada por uma equipe da Universidade de Medicina de Maryland, nos Estados Unidos, está entre as primeiras a demonstrar a viabilidade do transplante cardíaco do porco para o homem, um campo de estudos possibilitado por novas ferramentas de edição de genes. Caso a operação se prove bem sucedida, cientistas esperam que órgãos de porcos possam ajudar a aliviar a escassez de órgãos e doadores humanos.

“Foi uma cirurgia revolucionária e que nos leva um passo mais próximo de resolver a crise de escassez de órgãos. Simplesmente não há corações humanos doados disponíveis para atender à longa lista de possíveis recebedores”, afirmou em nota o Dr. Barley Griffith, que transplantou cirurgicamente o coração suíno no paciente humano.

“Estamos avançando com cautela, mas também estamos otimistas de que essa primeira cirurgia do tipo no mundo possa oferecer uma nova e importante opção para pacientes no futuro”, acrescentou Griffith.

Para o paciente David Bennett, o transplante de coração era a última opção. “Era morrer ou fazer esse transplante. Eu quero viver. Eu sei que é um tiro no escuro, mas é minha última escolha”, disse Bennett um dia antes da cirurgia, de acordo com uma nota publicada pela universidade.

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