Escolas e creches de 11 cidades do RS registram surto do vírus ‘mão-pé-boca’, afirma CEVS

Escolas e creches de 11 cidades do Rio Grande do Sul registraram surtos do vírus ‘mão-pé-boca’ em 2021, conforme o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS). Foram ao menos 21 surtos no período, as informações são do Portal G1 e da RBS TV.

A síndrome pode ser transmitida através das fezes, saliva ou outras secreções contaminadas. A doença provoca febre, falta de apetite e vômito. Depois desses sintomas, surgem feridas, principalmente na boca, nas mãos e nos pés.

Além do período do ano ser mais propício para a proliferação do vírus, a retomada das aulas presenciais contribuíram para o aumento de casos em 2021, avalia a especialista do CEVS, Juliana Patzer.

“Em 2019, a gente tem no sistema 180 surtos da síndrome ‘mão-pé-boca’. Em 2020, esses surtos caem para seis. Então, realmente, com as escolas fechadas, mostrou bem o impacto da pandemia. Agora com a retomada das escolas, retomamos também a circulação de outros vírus como este”, explica.

Gestos simples feitos por crianças, como colocar os dedos na boca ou pegar brinquedos de um colega, podem transmitir o vírus, como explica a secretária da Saúde de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, Daniela Dumke. O município teve dois surtos e estima que 100 crianças tenham se contaminado.

“Ele acomete mais ainda crianças menores de cinco anos, principalmente. A criança ainda não têm aquele cuidado, de colocar as coisas na boca, a questão da higiene das mãos”, comenta.

Síndrome ‘mão-pé-boca’ afeta, principalmente, crianças menores de cinco anos — Foto: Reprodução/RBS TV

Foi o caso de Isabelle, de dois anos. Depois dos primeiros sintomas, a mãe, a técnica de enfermagem Vanessa Lopes, buscou o diagnóstico e as formas de tratamento.

“Não teve contato com mais nenhuma criança, para evitar passar para outras crianças, o uso de medicações, alimentações pastosas, até os sintomas passarem”, relata

A cidade de Lajeado, no Vale do Taquari, também registrou casos da doença. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, Juliana Demarchi, detalha como se procede após a identificação de um caso.

‘A Vigilância Epidemiológica já é informada a partir de um primeiro caso confirmado. A partir daí, já se inicia um monitoramento, já se inicia o acompanhamento, e se alinham, com as direções das escolas, as condutas”, comenta.

A criança que contrai a síndrome não cria anticorpos e pode se contaminar novamente. Contudo, como a maioria das infecções virais, a ‘mão-pé-boca’ tem ciclo curto, de sete dias. A doença não costuma gerar quadros graves.

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