Mulher declarada morta em Cruz Alta está viva; caso é apurado

Segundo o Portal G1 e a RBS TV, uma mulher de 62 anos foi declarada morta, e depois, a equipe médica constatou que ela estava viva. O caso ocorreu em Cruz Alta, no Noroeste do RS. Maria Margarete dos Santos Jesus segue internada, em estado grave.

A secretária de Saúde e prefeita de Cruz Alta, Paula Rubin Facco Librelotto, disse que um procedimento administrativo irá averiguar a situação.

O médico Sérgio Ruffini, diretor técnico do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS), que administra a UPA, informa que também será encaminhada uma apuração.

Segundo a filha Adriane Santos, Maria Margarete passou mal na quinta-feira (22) e desmaiou em casa. Foi levada pela família à UPA de Cruz Alta, onde chegou sem pulsação. A equipe tentou reanimá-la, por cerca de 40 minutos. A médica que atendeu Maria informou Adriane sobre o falecimento.

A certidão de óbito foi emitida. Enquanto Adriane encaminhava o enterro de Maria, ela recebeu uma ligação da UPA.

Maria Margarete, 61 anos, está internada em estado grave em Ijuí — Foto: Arquivo pessoal

“Meu telefone tocou e era uma mulher pedindo pra eu ir na UPA. Eu pedi pro meu irmão ir, porque eu achei que era pra liberar o corpo da minha mãe. Daí eu desliguei o telefone e liga a minha cunhada [dizendo] ‘a tua mãe tá viva’. Como que a minha mãe tá viva se eu tô com [a certidão de] óbito dela aqui e a funerária está indo buscar o corpo dela na UPA?”, relata Adriane.

Após voltar a apresentar sinais vitais na UPA, Maria foi transferida para o Hospital de Caridade de Ijuí, para uma operação para implante de uma mola no coração. Até este sábado (24), seguia em estado grave, intubada e sedada.

O médico que a atendeu em Ijuí disse à família que Maria sofre com problemas cardíacos e diabetes, o que os familiares não tinham conhecimento. No dia em que passou mal, Maria havia tomado a vacina contra o coronavírus.

A família vai entrar na Justiça para anular a certidão de óbito. Maria Margarete é aposentada e pode deixar de receber a aposentadoria por ser considerada morta.

“Eu tô aqui com o coração a mil, um pouco de alegria porque a minha mãe está viva e um pouco de tristeza por ter acontecido isso”, resume Adriane.

Investigação na UPA

O diretor técnico da entidade que administra a UPA, Sérgio Ruffini, afirma que a situação é atípica, e será alvo de um processo interno de levantamento de informações, entrevista com médicos, enfermeiros, análise de dados e registros para esclarecer o que ocorreu. O médico explica que não será aberta sindicância, já que não há indícios de falha.

Ainda de acordo com ele, Maria recebeu o atendimento de acordo com o protocolo para parada cardíaca, entre eles, a massagem cardíaca.

O médico explica que há uma hipótese de que tenha acontecido a chamada síndrome de Lázaro, casos em que após o repouso absoluto das manobras, o paciente volta a reagir.

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