Laboratório confirma reinfecção por variantes brasileiras da Covid em paciente do RS

O Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, detectou um caso de reinfecção por duas variantes brasileiras diferentes do SARS-CoV-2 em um paciente de Campo Bom. A cidade de 60 mil habitantes no Vale do Sinos registrou o primeiro caso confirmado da doença no estado, no início da pandemia.

Segundo o estudo, o paciente havia contraído a variação P.1 do vírus, originada em Manaus, e depois, contraiu a cepa P.2, originada no Rio de Janeiro.

O laboratório é integrante da Rede Corona-ômica BR, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. A pasta afirma que o caso é a primeira reinfecção já detectada envolvendo as duas variantes nacionais.

O estudo também sugere que a chegada da P.1 no RS aconteceu antes do período mais crítico da pandemia, uma vez que o primeiro diagnóstico do paciente analisado foi em 30 de novembro de 2020. Somente dois meses depois a cepa começou a circular mais fortemente no estado. O primeiro caso confirmado de infectado com a P.1 foi em fevereiro. E o colapso hospitalar e os recordes de mortes e casos foi em março, segundo especialistas, provocado principalmente pela P.1.

Os pesquisadores não determinaram a fonte exata da transmissão dessa variante ao paciente analisado, pois ele manteve contato com outras pessoas também infectadas no período anterior à infecção. O laboratório tentou detectar a variante em outras amostras no mesmo período e região, mas não localizou.

Coordenador da Rede Corona-ômica BR e professor da Feevale, Fernando Spilki acredita, no entanto, que esse primeiro caso não seja o causador da disseminação da P.1 no estado.

“A P.1 só veio a se alastrar, mesmo, de final de janeiro em diante, ou seja, fatores sociais como veraneio, carnaval, entre outros, devem ter influenciado esse quadro”, explica.

Já em março, uma nova coleta do paciente foi realizada, e foi constatada a reinfecção, dessa vez com a variante P.2.

“Por ser a primeira reinfecção detectada por estas duas variantes no mundo, o que chama atenção é de que são duas variantes com algumas mutações similares na proteína Spike, o principal alvo dos anticorpos formados contra o SARS-CoV-2”, afirma o especialista.

Segundo o boletim do Centro Estadual de Vigilância Sanitária (CEVS), até o último dia 16, 22 linhagens de coronavírus haviam sido identificadas após análise genômica no estado.

Com informações do Portal G1.

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