Animais resgatados vítimas de maus-tratos ganham novas casas no Canil de Veranópolis

Cães foram resgatados em janeiro em um sítio localizado na comunidade de Lajeadinho

Cerca de 17 cães foram resgatados no início de 2021, em Lajeadinho, no interior de Veranópolis, vítimas de maus-tratos. Desde o início da acolhida dos animais, que foram encontrados em uma situação delicada, observou-se a necessidade da construção de novas instalações para alguns deles serem bem acomodados. Após meses e doações, a Ong Instinto Coruja, que administra a localidade, conseguiu efetivar a construção de novas baias para os animais. Cerca de quatro cães estão nessas instalações, os demais, em lares temporários.

A necessidade de construção de novos abrigos, explica a Ong, se deve ao fato dos quatro animais referidos apresentarem comportamento agressivo com outros, o que é consequência da situação traumática em que viviam antes de serem resgatados.

– Logo nos primeiros dias observamos a necessidade de construção de baias que atendessem as necessidades desses cães, ou seja, fechadas até na parte superior, com grades e tela trançada de malha reduzida, uma vez que as baias já existentes no canil, nas quais eles foram acomodados logo que chegaram, em poucos dias foram destruídas, dada a força que essa galerinha tem – explica a ONG, em suas redes sociais.

Os valores para a construção do espaço foram provenientes de doações da comunidade.

Veja, em imagens, as instalações novas

Imagens e informações Ong Instinto Coruja | Texto Studio

Relembre o fato

Cerca de 20 cães, cavalos, gansos, jumentos, ovelhas, entre outros animais foram resgatados na tarde do dia 11 de janeiro, na comunidade de Lajeadinho, em Veranópolis. A captura foi decorrente de uma denúncia anônima de maus tratos. A Patrulha Ambiental da Brigada Militar (PATRAM), junto a ONG Instinto Coruja e Fiscalização da Prefeitura do município deslocaram-se até o local para averiguar o fato.

Na propriedade em questão, foram constatados os maus tratos, além da presença de animais mortos. A PATRAM, no ato, deu voz de prisão ao indivíduo e o encaminhou à Delegacia de Polícia de Veranópolis, onde ele foi liberado. Após a investigação policial sobre o caso ter sido finalizada e o inquérito enviado à Promotoria de Justiça, este último órgão efetuou a denúncia e agora o processo já está nas mãos do judiciário veranense, para julgamento.

A investigação, realizada pela Delegacia de Veranópolis, que possuía como delegado substituto Rodrigo Morale de Farroupilha, durante as férias do titular, foi finalizada na semana do ocorrido e encaminhada à representação do Ministério Público na cidade, no dia 15 de janeiro. Após análise do Promotor do município, a denúncia foi efetuada pelo MP.

Com isso, o caso se torna um processo criminal, que já foi encaminhado ao Fórum do município, para julgamento. O judiciário recebeu a denúncia no dia 05 de março. Agora, está sendo aguardado o cumprimento da entrega do mandado de citação, que da ciência ao acusado de que ele está sendo alvo de um processo. Após isso, os trâmites legais e cabíveis serão realizados. Não há prazo para o processo ser finalizado.

O acusado responderá pelo crime de maus tratos, em três pontos: morte dos animais, maus tratos a cachorros e gatos e maus tratos a outros animais. Os fatos enquadram-se na chamada “Lei Sansão”. Com isso, ele pode receber como penalização, reclusão, de dois a cinco anos e multa. A sanção dependerá da decisão do juiz responsável pelo caso.

Durante esse curso, o indivíduo acusado responde em liberdade. O fato se deve a não ter sido solicitada uma prisão preventiva por parte do delegado. Segundo Morale, responsável pelo cargo no dia do fato, a motivação da decisão foi o pressuposto de realizar a penalização ou não do homem apenas após haver todos os laudos apontando a situação dos animais que estavam no local e a investigação for finalizada. A prisão preventiva também não foi solicitada pela Promotoria.

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