Veranópolis registra nove óbitos por conta da covid-19 em uma semana

Aumento de circulação e nova variante são causas cotadas para o aumento de mortes, porém, situação ainda divide opiniões de especialistas

No intervalo de seis dias, nove pessoas perderam a sua vida para a covid-19 em Veranópolis. Esses pacientes, em sua maioria, travavam uma dura batalha contra a doença, porém, não resistiram. De forma geral, os falecimentos foram de veranenses que estavam entubados, aguardando leito de UTI, no Hospital São Peregrino Lazziozi.

As causas desse aumento considerável de mortes dividem opiniões, porém, de forma geral, autoridades do município, como o prefeito Waldemar de Carli, atribuem os falecimentos ao aumento de circulação da comunidade e a presença da nova variante, a P1, na cidade. Com maior movimentação e contato entre as pessoas, fato aliados a um vírus mais transmissível, mais pessoas foram acometidas e mais indivíduos começaram a apresentar gravidade.

– Estamos pagando o preço de uma liberalidade maior que nós tivemos nesse período de verão, e também, acrescentada, muito provavelmente, de uma cepa mutante do vírus – afirma o prefeito de Veranópolis, Waldemar de Carli.

Esse agravamento, somado ao colapso do sistema de saúde gaúcho, decorrente da alta demanda, faz com que a situação seja catastrófica e impossibilite atendimento adequado para os pacientes que necessitam. Com isso, o HCSPL tenta, mesmo que com suas limitações estruturais, salvar vidas, expandindo suas capacidades e organizando uma “UTI improvisada” na sua emergência.

A comparação com o número de mortes em 2020 é um fator que preocupa. Segundo apuração da reportagem da Studio, entre os meses de julho e dezembro de 2020 (seis meses), sete pessoas faleceram por complicações da doença. Já em 2021, em 70 dias (dois meses e 13 dias), 19 óbitos foram registrados, isto é, quase o triplo.

ORDEMDATAIDADESEXOINTERNAÇÃO
11/07/202061masculinocasa
15/07/202038masculinonão informada
26/07/202078masculinoleito clínico
05/08/202065femininonão informada
08/09/2020não informadamasculinoUTI
13/12/202079femininoUTI
14/12/202067masculinoUTI
08/01/202177masculinoUTI
12/01/202183femininoUTI
10º18/01/202184masculinoUTI
11º20/01/202161masculinoUTI
12º24/01/202181masculinoUTI
13º22/01/202181masculinonão informada
14º27/01/202161femininoUTI
15º14/02/202180masculinoUTI
16º19/02/202159masculinoUTI
17º23/02/202183femininoleito clínico
18º 08/03/202180femininocasa
19º08/03/202188femininoleito clínico
20º10/03/202169homemUTI
21º10/03/202188homemleito clínico, entubado
22º10/03/202188femininoleito clínico, entubado
23º11/03/202168femininoleito clínico, entubada
24º12/03/202180femininoleito clínico, entubada
25º12/03/202160femininoleito clínico, entubada
26º 13/03/202169masculino UTI
Clique sobre cada um dos números e relembre o caso na íntegra | Dados apurados pela reportagem da Studio

Dos casos, 15 das vítimas eram homens e onze mulheres. Além disso, a maior faixa etária acometida possuía entre 80 e 90 anos.

Para barrar o avanço do vírus e suas consequências fatídicas, autoridades estão restringindo atividades. A bandeira preta do modelo de distanciamento controlado do RS deverá seguir vigente, sem possibilidades de restrição, por mais uma semana. A secretária da Saúde de Veranópolis, Vanessa Calioni, diante desse cenário, reforça a importância da população colaborar, evitar aglomerações, usar máscara e manter o distanciamento social.

– Nós estamos de forma incansável, pedindo a colaboração da comunidade. Nós ainda percebemos na rua, muitas pessoas circulando, especialmente jovens, sem o uso da máscara. (Ela) é a única arma que ainda temos neste momento, para usar diariamente […] e, realmente, a gente não percebe a colaboração […] das pessoas na nossa comunidade. Nós temos um vírus que é uma ameaça real no nosso contexto, não é brincadeira! – frisa Vanessa

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