Tecnologia auxilia no desenvolvimento de atividades no setor primário em Fagundes Varela

As cenas típicas do começo do ano de homens e mulheres com as mãos para o alto em meio às videiras da Serra Gaúcha, cortando cuidadosamente os cachos de uva e colocando-os na bandeja, tende a se tornar menos comum no futuro. Isso porque, aos poucos, produtores começam a recorrer à mecanização da safra. Neste ano, o jovem agricultor de Fagundes Varela, Giovani Zatt Serafin, colheu a fruta com ajuda de colheitadeira específica. Ele é o primeiro do município a contar com o sistema mecanizado.

São cerca de 130 mil quilos que passam a ser colhidos pela máquina. No entanto, a perspectiva é de que os números avancem a cada safra.

A dificuldade em encontrar mão de obra no campo, assim como o custo alto da colheita manual, está levando ao caminho da mecanização. Apenas na propriedade que fica na comunidade de São Marcos, são cerca de cinco a seis pessoas a menos trabalhando que na safra anterior.

Giovani reforça que nesse ano o serviço esteve em fase de testes. A partir do próximo ano deverão ser feitas reestruturações nos parreirais, o que deverá facilitar ainda mais o alcance do equipamento.

Mesmo em fase de adaptação ao processo, Serafin constata que o equipamento possibilita maior agilidade no recolhimento da uva.

Os gastos com a colheita manual representam quase 50% do custo de produção da uva. Até então, desde 2011, as experiências mecanizadas se concentravam na Fronteira e na Campanha, onde grandes grupos vinícolas têm parreiras em espaldeira – sistema vertical de produção. A novidade agora é o uso de equipamentos também em videiras de condução latada, no sistema horizontal em armações formadas por postes – típicas da produção de uvas da Serra.
Na mesma propriedade, o investimento também está sendo realizado em outras tecnologias. É o uso de drone pulverizador.

Um problema comum dos agricultores é a quantidade de pragas e doenças que atacam a plantação, seja nas grandes ou pequenas culturas.

E para aumentar a eficiência na aplicação, os produtores têm encontrado no drone – também conhecido como veículo aéreo não tripulado (Vant) – um grande aliado no controle desses inimigos.

O Brasil tem hoje mais de 78 mil drones cadastrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Do total, pouco mais de 1.400 são utilizados em atividades agropecuárias.

O uso dele na agricultura não chega a ser novidade, já é utilizado para mapear propriedades e monitorar pragas, mas agora ele também é capaz de fazer o controle delas com diversos defensivos biológicos.

Antes, era possível distribuir insetos, inimigos naturais dos alvos, pelos drones, os chamados macrobiológicos. Agora, é possível também espalhar fungos e bactérias pelos talhões na forma líquida, que é a aplicação dos microbiológicos.
Segundo Giovani, o equipamento está em testes na propriedade e já apresentou resultados positivos. Além da economia, o resultado também surgirá em mais qualidade de vida e eficiência nos resultados.

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