Centro de Operações de Emergência determina que respiradores sem uso sejam disponibilizados para o SUS

Diante do agravamento da pandemia de coronavírus no Estado, todos os respiradores armazenados em hospitais e unidades de saúde que estejam sem uso, seja por falta de equipe capacitada ou questões estruturais, devem ser incorporados à rede do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado. Os agentes públicos poderão adotar os procedimentos necessários para o cumprimento das medidas.

A determinação, idealizada pela Secretaria da Saúde (SES), foi pactuada nesta quarta-feira (10/3) pelo Centro de Operações de Emergência (COE) do Rio Grande do Sul, do qual fazem parte Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul, Conselho Estadual de Saúde, Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems), Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs), Conselho Regional de Enfermagem (Coren/RS), Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito 5) e Conselho Regional de Farmácia (CRF/RS).

“O momento é de extrema gravidade, e esperamos que os diretores de hospitais e gestores não só coloquem à disposição os equipamentos como nos ajudem a identificar outros sem uso, colaborando de forma parceira e solidária para salvar vidas”, apela o diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade.

Além de requisitar os respiradores em hospitais, o documento conjunto sugere que os agentes públicos municipais solicitem e requisitem equipamentos que estejam subutilizados em clínicas e ambulatórios privados, para que possam ser utilizados para pacientes Covid-19.

“A hora é de união, e todo equipamento parado que for colocado em uso pode salvar a vida de um amigo, de um anônimo ou até de um familiar. Contamos com a sensibilidade e o patriotismo de todos”, afirma o secretário executivo do Cosems, Diego Espíndola.

“Somente ações articuladas de diferentes instituições, direcionadas a implementar consensos mínimos, poderão minimizar os terríveis efeitos desta pandemia. Conclamar entes públicos e privados a adotar atitudes solidárias é um desses consensos. Esperamos conseguir sensibilizar todos setores da sociedade gaúcha nessa direção”, disse a coordenadora do Centro de Apoio dos Direitos Humanos e Saúde do Ministério Público Estadual, Angela Salton Rotunno.

Durante a pandemia, a SES comprou e distribuiu aos hospitais públicos gaúchos 230 camas, 230 respiradores e 230 monitores, com investimento de R$ 17 milhões. Está em processo de aquisição mais 57 camas, 60 respiradores e 60 monitores, para abrir novos leitos ou equipar os já existentes. Do Ministério da Saúde, o Estado recebeu cerca de mil respiradores, a maior parte do modelo beira-leito, equipamento essencial na assistência de pacientes com Covid-19. Além disso, num esforço da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) junto a empresas privadas parceiras, foi possível realizar o conserto de quase 200 respiradores que estavam avariados em diversos hospitais.

“Mesmo com todo esse esforço, respirador é um equipamento fundamental neste momento de calamidade que vivemos. Todos os equipamentos que não estejam sendo usados por instituições, clínicas e ambulatórios precisam ser realocados para o enfrentamento da pandemia, que se agrava a cada dia”, diz  o diretor da Auditoria do SUS da SES, Bruno Naundorf.

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