Acusado de chacina em Tunas é suspeito de homicídio de mais um familiar

Segundo reportagem do Portal Gaz, a poucos dias de ser encaminhado para o Poder Judiciário, o inquérito da Polícia Civil sobre o triplo homicídio ocorrido no dia 12 de fevereiro, em Tunas, aponta para uma informação que pode abrir nova linha de investigação. Jaime Schoeninger dos Santos, de 23 anos, é acusado de ter assassinado a tiros o seu pai, Adão Antunes dos Santos, 66 anos, e em seguida provocado um incêndio na casa da família, que vitimou sua mãe, Marlene Schoeninger, de 43, e sua irmã Jamile Schoeninger dos Santos, de 1 ano e 4 meses.

Nos últimos dias, porém, informações obtidas pelos investigadores colocaram Jaime como suspeito de envolvimento na morte criminosa de outro parente, que aconteceu seis meses antes da chacina na residência dos pais do rapaz. Segundo a delegada Graciela Foresti Chagas, que responde pelas delegacias de Sobradinho, Arroio do Tigre e Candelária, Jaime teria recebido 37 hectares de terra de um tio com deficiência, mediante a condição de cuidar desse parente.

“Apuramos esse fato relevante e começamos a averiguar as condições em que morreu um tio do jovem, meses antes de ele supostamente matar pai, mãe e irmã esse parente. Depois de o suspeito ter recebido oficialmente a doação dos 37 hectares, o tio teria morrido acidentalmente em agosto do ano passado. Agora, estamos investigando quais foram as circunstâncias dessa morte, para verificar se houve homicídio ao invés de acidente”, comentou a Graciela.

Nas últimas semanas, a Polícia Civil colheu depoimentos de um frentista de um posto de combustíveis de Tunas, que vendeu a Jaime 65 litros de óleo diesel usados para queimar a residência; de um primo que teria recebido mensagens dele, relatando o incêndio, durante a madrugada; e também de um homem que teria comprado um trator do acusado – pois uma das justificativas para a compra do óleo diesel teria sido o abastecimento desse veículo, que já nem estaria mais com o rapaz.

A Polícia Civil aguarda a autorização do Judiciário para a quebra de sigilo bancário nas contas de Jaime Schoeninger dos Santos. “Temos a informação de que ele também teria feito um seguro em nome do pai, no qual ele seria beneficiário. Por isso pedimos essa quebra de sigilo, para podermos nos certificar dessa possibilidade”, comentou a delegada Graciela Chagas.

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