A história de uma cidade escrita por imagens: Elígio Parise e sua contribuição para Veranópolis

A história de Veranópolis foi construída e registrada por pessoas. O passado só é relembrado pelo fato de muitos o terem escrito e hoje muitos o estudarem. Quando se fala em registros, muitos exemplos podem ser citados. Documentos, artesanatos e fotografias são alguns deles. Em relação a este último aspecto, na Terra da Longevidade, um nome vem à mente de todos os veranenses. Elígio Parise. Em meio a máquinas, ateliê e negativos, ele auxiliou a escrever a história do município.

Neste dia 08 de janeiro, dia do fotógrafo, um dos pioneiros nesse setor, precisa ser lembrado. Jacira Cabral da Silveira, repórter, usa a seguinte frase para definir o ofício de registrar: “para o fotógrafo, a verdadeira luz não é um flash ou spot. A luz é o que ele traz dentro dele”. Com cerca de 60 anos de trabalho com as câmeras, sua “luz” interna conseguiu registrar vidas, histórias e gerações. Para Veranópolis Elígio é mais do que uma figura. Ele foi pai, esposo, profissional e cidadão. Sua contribuição para a cidade pode ser considerada ímpar.

Elígio: de pedreiro a fotógrafo

A história é curiosa. Elígio trabalhava no interior de Veranópolis, nas terras da família, e muitas vezes fazia alguns serviços como pedreiro, na cidade. Segundo relatos, ele gostava bastante do ofício. Em um certo dia, quando ele tinha cerca de 20 anos, ao trabalhar no centro do município em uma obra, foi abordado por Plínio Bridi, senhor que era o único fotógrafo do município. Foi convidado por ele para trabalhar como assistente em seu ateliê. Dali para a paixão pelas imagens foi um passo. Em 1954 comprou o estúdio e tornou-se o “retratista” da cidade.

O processo foi por acaso, mas o apresso pela profissão parecia predestinado. Retratos de famílias, de momentos marcantes da cidade e registros que auxiliam a contar a evolução de Veranópolis foram capturados pelas máquinas de Elígio.

Elígio no Centro de Veranópolis | foto: livro “Vida, Paixão e Arte pela Fotografia”

Fotografia e família: uma pessoa que amava seu trabalho, esposa e filhos

Uma marca da pessoa Elígio era seu amor pela família, bem como pela profissão. Essa situação é pontuada por relatos presentes no livro “Vida, Paixão e Arte pela Fotografia”, escrito por Antônio Frizon.

– Posso garantir que os maiores amores de sua vida era a família e a fotografia, sempre que lhe era pedido qual a foto mais bonita de sua carreira ele apontava com muito orgulho para uma foto da família, tinha um orgulho imenso por nós e com certeza nós por ele – relata sua filha Laurete Parise.

A família | foto: livro “Vida, Paixão e Arte pela Fotografia”

“A luz é o que ele traz dentro dele”: a contribuição do fotógrafo para a cidade

O fotógrafo, por si só, é capaz de eternizar momentos importantes. Cada profissional, com seu estilo, consegue fazer história, guardando recordações para a posteridade. No caso de Elígio, Veranópolis e os veranenses foram seu painel. Fotos da cidade, momentos ímpares, foram guardados para que os jovens pudessem vê-los no futuro. Em seis décadas de atuação, foram mais de 600 mil negativos.

A relevância de seu acervo foi consolidada em 2013, quando o Poder Público Municipal o comprou para poder compor o museu da cidade. Os registros estão na Casa da Cultura e já foram expostos em diversas oportunidades.

Quando a repórter afirma que “a luz é o que ele traz dentro dele”, aponta a importância e singularidade de cada fotógrafo. A luz de Elígio pode ter sido a expertise de ter aceitado a missão de fotografar e ter registrado, por meio do seu trabalho, os passos da construção de uma cidade. Hoje em dia, outros fotógrafos e fotógrafos, com suas singularidades, seguem marcando a história de Veranópolis. A Terra da Longevidade possui longevas lembranças graças a esses profissionais.

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