Luta contra o preconceito e superação de barreiras: conheça a história de vida da Estéfani

Muitas são as dificuldades que as pessoas com deficiência sentem ao tentar inserir-se no contexto social. A maioria desses empecilhos, ademais, partem da própria sociedade, que resiste a incluir esse grupo no seu cotidiano. São entraves na escola, no trabalho, nas relações, enfim, muitos são os obstáculos que aparecem todos os dias. Na vida da jovem Estéfani Schuvartz, de 19 anos, não foi diferente.

Desde seu nascimento, a menina foi diagnosticada com paralisia cerebral. Esse fato poderia ter se tornado uma justificativa para que a sua família desistisse de levá-la a uma escola regular, por exemplo, entretanto, a história não foi traçada por esse caminho para a Estéfani. O seu relato de coragem e força de vontade inspira e faz refletir sobre a importância da inclusão, em especial, neste dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

“Existe o preconceito”: como a paralisia influenciou nas relações da jovem

Evandra Remor, mãe da moça, afirma que, sim, ao longo de sua vida a jovem precisou lidar com situações de preconceito e diversas dificuldades, entretanto, pontua que com muita luta e com o apoio de pessoas próximas a família e integrantes do poder público municipal, foi possível superar todos os obstáculos. Até porque, superar barreiras é uma das especialidades de Estéfani.

Estéfani e sua mãe Evandra sempre estiveram juntas nas diversas atividades que precisaram realizar | foto: arquivo pessoal

A moça que estudou na Escola Estadual de Ensino Fundamental Don Matheus Pasquali, na E.M.E.F. Irmã Joana Aimé, no Colégio Estadual São Luiz Gonzaga e, agora, cursa Pedagogia na Uniasselvi foi uma das primeiras pessoas com paralisia no município de Veranópolis a ocupar os espaços “regulares” e pontuar a importância da inclusão e a falta de acessibilidade.

– sempre lutamos pelos direitos, buscamos que a Estefani fosse aceita, porque toda a pessoa tem seus direitos – frisa a mãe.

Todavia, apesar do preconceito existir, muitas pessoas auxiliaram a jovem. Professoras e colegas estiveram ao seu lado superando as barreiras impostas, ofuscando os indivíduos que tentavam atrapalhar com seus preconceitos, o desenvolvimento da garota.

– são casos (de preconceito) que a gente enfrenta na caminhada, mas a gente nunca desiste – pontua Evandra, demonstrando que independente do que os outros apontassem a jovem nunca desistiu de seus anseios.

Persistência e foco nos objetivo

A faculdade sempre foi um anseio de Estéfani. A jovem que prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), conseguiu boas notas e, por consequência, ingressou na faculdade. Ela afirma que ama estar estudando e aprendendo como é ser professora, conseguindo, assim, desenvolver suas potencialidades.

Estéfani finalizou na última semana seu curso on-line de comunicação alternativa e ampliada | foto: arquivo pessoal

Na universidade, a moça é muito bem recebida. Com o apoio de uma professora, ela acompanha as aulas, realiza seus trabalhos e foca no futuro, buscando um dia ser docente e auxiliar outras pessoas.

As dificuldades nesse processo também tornam-se evidentes, mas ao conhecer a Estéfani, pode-se perceber que para ela nada é um obstáculo maior do que sua vontade de lutar.

– a Estéfani nunca desiste, quando ela quer alguma coisa, ela sempre consegue – afirma a mãe.

O futuro: o que a jovem ainda busca alcançar?

Muito já foi conquistado pela menina. A formação na escola, o ingresso na faculdade e as diversas oportunidades de socialização. Entretanto, Estéfani quer e pode mais. Assim, diversos são os projetos que ela idealiza para o futuro.

A moça possui como projeto a implementação em Veranópolis da comunicação alternativa e ampliada, que define-se como outras formas de comunicação além da modalidade oral.

Além disso, outra paixão da moça é a fotografia. Aqui novamente um desafio é estabelecido: a compra de equipamentos adaptados. Eles são necessários mas de alto valor, por conta disso, uma vaquinha on-line está sendo realizada, para auxiliar a menina a realizar seu sonho de ser fotógrafa. Clique aqui e acesse o local de doação.

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