Você não está sozinho: entenda o papel central do apoio psicológico para superação de dificuldades

Setembro é um mês importante, pois uma campanha emblemática é realizada: o setembro amarelo. Este, por sua vez, possui como objetivo a prevenção do suicídio. Para isso, atividades são realizadas em cada município, buscando promover a conscientização e o diálogo sobre o tema. Em 2020, contudo, os trabalhos estão limitados por conta da pandemia de coronavírus, entretanto, como o objetivo do mês é muito nobre, a necessidade de falar sobre o tema se torna imperativa.

Assim sendo, uma série de reportagens, com quatro episódios e que conta com profissionais do CAPS de Veranópolis está sendo realizada. Até o momento, três reportagens foram ao ar, protagonizando psicólogos, psiquiatras, que tocaram no tema, buscando promover reflexão.

Mesmo que no dia de ontem, 30 de setembro, o mês terminou, o assunto deve se manter em pauta ao longo de todo o ano, por isso, iremos começar o outubro ainda falando sobre o tema. No quarto e último episódio, o assunto é um pouco diferente dos outros já expostos, desta vez, a reportagem da Studio conversou com uma paciente do CAPS, que por motivos de privacidade, não terá seu nome divulgado. A mulher, de 54 anos, conseguiu superar momentos difíceis de sua vida graças ao apoio psicológico e hoje é um exemplo de superação.

CAPS de Veranópolis é um local de apoio psicológico aberto para toda a população veranense | Foto: Studio

Tudo começou em 2016, quando a senhora em questão começou a observar que algumas coisas não iam bem. A ansiedade estava tomando conta do seu cotidiano, impossibilitando-a de viver plenamente. De pronto, a mulher encaminhou-se ao CAPS de Veranópolis, onde recebeu medicação e fez terapia. Segundo ela, sempre muito bem atendida, sentia-se bem em estar ali. O quadro evoluiu positivamente e ela parou de ir, pois já estava recuperada.

Entretanto, posteriormente, um quadro depressivo começou a se formar, sendo necessário, retornar ao atendimento. Essa situação aconteceu no início do ano de 2019, constituindo-se como o momento mais difícil de sua vida, em que sua saúde mental estava consideravelmente debilitada. Mesmo em meio ao tratamento, a mulher tentou tirar sua vida.

– a gente não quer morrer, a gente quer matar o que sente – afirmou a senhora sobre essa situação.

Posteriormente a isso, o tratamento foi intensificado e, após apoio psicológico fornecido pelo CAPS, a mulher conseguiu melhorar a sua qualidade de vida e sua esperança no viver. A paciente reforça o papel decisivo dos psicólogos, psiquiatras e demais profissionais que trabalham no Centro para que ela seguisse vivendo e tendo vontade de viver.

– sem a ajuda deles, eu não teria saído desse buraco – completou a paciente.

Atualmente, muito melhor e recuperada, ela segue indo ao CAPS, mesmo que com menos frequência. O seu relato reforça o papel essencial dos profissionais que cuidam da saúde mental, da importância de procurar ajuda e, também, da relevância do apoio, do olhar, da escuta.

O setembro amarelo é apenas um mês para promover o debate, entretanto, a prevenção ao suicídio deve ser feita sempre, por toda a comunidade, que possui um papel importante de apoio. Histórias de superação como essa são possíveis. Você não está sozinho.

Releia as outras reportagens: a primeira com os psicólogos sobre o setembro amarelo, a segunda com o psiquiatra do Centro sobre situações que podem comprometer a saúde mental do indivíduo e a terceira com a diretora do CAPS sobre o local e que tipo de assistência promove.

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