Dia nacional da pessoa surda: conheça a história da Rafaela e sua luta por inclusão

O dia nacional do surdo, 26 de setembro, é uma data muito celebrada por todas as pessoas com deficiência auditiva do Brasil. Além de comemoração, o dia é muito importante para rememorar as lutas históricas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania, buscando a partir disso, promover ainda mais a inclusão desse grupo na sociedade.

Um exemplo de perseverança e de luta é a Rafaela Vitória Lacerda Burato, uma menina de 17 anos, que desde seu nascimento, procura e conquista seu espaço. A jovem é portadora de paralisia cerebral e, também, possui deficiência auditiva.

Rafa, como é carinhosamente chamada, luta pela vida desde criança. Quando nasceu ficou alguns dias na UTI, sendo diagnosticada com paralisia. Conforme o tempo passou, a família e os médicos perceberam, também, que a menina possuía surdez. A partir de todo esse contexto, os pais não mediram esforços e começaram a busca pelo aprendizado em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), deslocando-se para diversos municípios procurando oportunizar a possibilidade de sociabilidade para Rafaela.

A jovem aprendeu a linguagem e conseguiu se comunicar com o mundo, entretanto, nem todos conseguiam se comunicar com ela. A falta de pessoas que entendem LIBRAS também prejudica, consideravelmente, a comunidade surda. Na escola, a dificuldade era encontrar auxiliares que entendessem a língua e que pudessem auxiliá-la nas atividades. O problema estendia-se, também, aos colegas, que não possuíam o conhecimento da linguagem.

– é muito reduzido o número de pessoas que sabem LIBRAS, então, para nós sempre foi uma batalha – afirma Sirlei, mãe da jovem.

Mesmo que em meio a essas dificuldades, Rafaela formou-se na Escola Municipal de Ensino Fundamental Adriano Farina, superando barreiras e promovendo o debate da inclusão.

Rafaela formou-se no Ensino Fundamental na Escola Adriano Farina | foto: arquivo pessoal

No momento, a menina participa de atividades promovidas pela Associação dos Surdos de Bento Gonçalves, local onde realiza diversos avanços, aprendizados e, também, desenvolve seu conhecimento em LIBRAS.

A história da Rafaela é de muita luta por inclusão e de perseverança. Sua vida serve de exemplo para muitas outras pessoas e, também, promove a reflexão sobre a importância do respeito para com os indivíduos surdos. Por meio de uma mensagem, Rafaela ressalta essa ideia:

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