Leite fala sobre a sugestão do retorno às aulas presenciais e reforça o protagonismo dos pais em decidir enviar ou não seus filhos

Na live desta quinta-feira (13), o governador do RS falou sobre a proposta apresentada ao presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), na última terça-feira (11), que sugere um retorno às aulas presenciais no dia 31 de agosto, começando pela educação infantil.

Segundo Leite, a apresentação desse plano foi feito com o objetivo de fazer com que os prefeitos possam se preparar para quando o retorno ocorrer, visto que, todo um plano deve ser feito para a retomada segura, com preparação dos profissionais e compras de EPI’S.

Na oportunidade, afirmou o governador, foi exposta uma data – 31 de agosto – como sugestão. Em relação ao motivo para que o retorno começasse pela educação infantil, atesta que perpassa por duas questões centrais. O primeiro quesito é o fato de que escolas particulares de educação infantil, pela idade das crianças, não conseguem desenvolver aulas remotas, sendo assim, os pais acabam por tirar seus filhos, situação que acaba “quebrando” essas instituições, junto a isso, segundo a sua análise, as escolas públicas ficariam superlotadas, não aguentando a carga de alunos que migrariam. A segunda colocação diz respeito a possibilidade que busca ser dada aos pais que não tem onde deixar seus filhos por necessitarem se locomover ao trabalho. Muitas vezes, as crianças acabam por ser deixadas com vizinhos, locais sem regulamentação e sem seguir protocolos adequados. Assim sendo, a busca seria por um local seguro para os adultos deixarem os jovens.

Além disso, sempre reiterou diversas vezes que é uma sugestão, ou seja, os pais não quiserem fazer o retorno, são livres para tomar essa decisão. Assim sendo pede compreensão da população.

– os pais que podem cuidar dos seus filhos em casa […] é até recomendável que assim permaneçam, mas aqueles que não tem outra opção […] precisam ter a opção de um local com protocolos sendo observados, com cuidados – concluiu.

Além disso, afirma que uma série de protocolos serão seguidos e o ensino será híbrido, ou seja, com turmas reduzidas e com uma parte das aulas online. Além disso, a volta efetiva apenas acontecerá se houver consenso entre os prefeitos, com os dados epidemiológicos favoráveis, sendo essa proposição apenas o início do debate.

Veja o pronunciamento na íntegra

Relembre a proposta

Na terça-feira (11), começaram os diálogos para um retorno escolar presencial efetivo. A sugestão inicial apresentada pelo Estado propõe o retorno gradual e escalonado das aulas a partir de 31 de agosto para as redes pública e privada. O primeiro nível a voltar seria o Ensino Infantil. O Ensino Superior retornaria em 14 de setembro, o Médio e Técnico, em 21 de setembro, os anos finais do Ensino Fundamental, em 28 de setembro e os anos iniciais, em 8 de outubro. O retorno às aulas presenciais ocorrerá, pela proposta do Estado, somente nas regiões que estiverem em bandeira amarela e laranja.

Investimentos do governo estadual estão sendo feitos para que o retorno seja efetivado. Na proposta a retomada não será feita de forma completa, mas sim híbrida, alternando alunos que vão presencialmente e outros que permanecem em casa, para evitar aglomerações nas salas de aula.

O secretário da Educação, Faisal Karam, deixou claro que os prefeitos darão a palavra final para o retorno nos municípios.

– não será uma imposição. Estamos sugerindo um calendário e, se o quadro do contágio por coronavírus não apresentar um achatamento da curva, tudo será revisto. A autonomia de levar os filhos para a escola é dos pais. Se preferirem não fazer isso, será necessário que o Estado e os municípios busquem alternativas para a continuidade da educação. Os prefeitos terão a autonomia para, dentro da realidade da sua cidade, decidir se há condições para o retorno presencial – explicou.

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