Ação contra crimes de extorsão prende duas pessoas em Caxias do Sul e Farroupilha

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na manhã desta terça-feira (12), deflagrou a Operação Sextorsion com o objetivo de combater os delitos de extorsão sexual praticados pela internet. Os criminosos utilizavam nomes e imagens de policiais civis para cometerem esses delitos.

Foram cumpridas cinco medidas cautelares em Farroupilha, Caxias do Sul e Montenegro, sendo três mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, pela prática em tese dos crimes de extorsão e associação criminosa, tipificados nos arts. 158 e 288, do Código Penal.

Na ação foram presos preventivamente uma mulher em Farroupilha e um homem em Caxias do Sul, sendo apreendidos diversos materiais entre celulares, contas bancárias e notebook, que serão posteriormente analisados para identificação de eventuais novas vítimas e para corroborar com o acervo probatório até então juntados aos autos. Em Farroupilha, na chegada dos policiais, a mulher jogou o celular pela janela dos fundos da residência. O celular foi encontrado durante as buscas.

Conforme apurado pelos policiais civis da DRCI/Deic, os indivíduos criam perfis “fakes” na rede social Facebook, de uma mulher jovem e atraente, que passa a convidar homens de meia idade para serem amigos. Ato contínuo, passam a conversar no Messenger do Facebook e posteriormente no WhatsApp, quando esse perfil falso passa a mandar fotografias de mulheres nuas, como se houvesse um interesse naquele homem. Este também envia fotos nuas, quando começa a sofrer as extorsões, chamando o homem vítima de pedófilo.

O delegado André Lobo Anicet, titular da DRCI/Deic, explica que primeiro entra no esquema o suposto pai da menina exigindo um determinado valor para o tratamento psicológico desta, sob pena de ir na Delegacia registrar o fato para responsabilização daquele homem. Após isso outro criminoso entra em contato dizendo ser policial civil e exigindo uma quantia para o arquivamento do procedimento policial, mandando falsas ocorrências policiais, com a foto da vítima, como se já tivesse solicitado a prisão preventiva daquele homem pela prática do crime de pedofilia.

“Somente nesta investigação, restou apurado que três criminosos associados estariam praticando os delitos, sendo que um está recolhido ao sistema prisional gaúcho e os outros dois estão em liberdade recebendo os depósitos em suas contas bancárias, sendo identificados ao menos sete vítimas dessa mesma associação criminosa”, disse Anicet.

Celulares também foram encontrados na cela de uma prisão, onde cumpre pena o irmão da mulher presa na operação de hoje. A busca contou com o apoio da Susepe.

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